Você já deve ter ouvido a seguinte frase: a arte é para todos. Mas será que é mesmo? Será que 100 anos após o marco da Semana de 22, não vivemos a utopia de uma sociedade igualitária, sem preconceito?
Ingrid Silva, bailarina, negra, nascida na zona norte do Rio de Janeiro, é, hoje, uma referência no balé clássico. Primeira bailarina da companhia Dance Theatre of Harlem, de Nova Iorque, ela sabe bem o que é batalha.
Em um universo onde pessoas brancas são a maioria, Ingrid teve de quebrar barreiras. Ela conseguiu e hoje serve de exemplo para futuras gerações.
Mesmo sentimento que é compartilhado pela jovem MC Soffia, de apenas 17 anos. Em suas letras de rap, são abordadas questões sociais, como racismo, preconceito, luta, a força da mulher.
O que ambas têm em comum com a Semana de Arte Moderna? Tudo. Afinal, os artistas de 1922, assim como os de hoje, 2022, buscam representar o povo brasileiro. E toda essa mistura de gente, cor, vida… Se chama brasilidade. Em outras palavras: representatividade.
Assista à reportagem na íntegra no vídeo acima.
Aproveite para ouvir o episódio “Rupturas e legados”, da série de podcasts da CNN sobre a Semana de Arte Moderna de 1922:
O episódio conta que as divergências sobre os rumos da estética brasileira causaram uma série de rompimentos após a Semana de 22. O desentendimento no campo intelectual transbordou para a relação pessoal e ainda determinou o destino político dos primeiros modernistas. O apagar das luzes aconteceu em meio a uma crise global e ao fim da Primeira República no Brasil. Mas o legado permanece. Para amar ou odiar, esse é mais um aniversário da Semana de Arte Moderna que não passa despercebido.