Como exercer uma paternidade ativa?

Enviado por / FontePor Bruna Ramos, da EBC

Um pai presente, comprometido e carinhoso influencia positivamente no desenvolvimento e bem-estar de seus filhos em diversas áreas. Crianças que tiveram um pai participativo, por exemplo, apresentam maior autoestima, melhor desempenho escolar, mais habilidades sociais e, no caso dos meninos, maior probabilidade de ser um pai comprometido.

Um guia sobre paternidade ativa preparado pelo Unicef e outras duas instituições, e distribuído no Chile, é um importante material de apoio para homens que querem ser pais mais participativos. Segundo a publicação, a paternidade se aprende com a prática, o que torna natural que existam dúvidas e preocupações sobre como ser pai. Porém, o importante é “confiar em você mesmo e nas observações pessoais que você tem do seu filho”, indica o material.

Ser um pai ativo significa:

– Ter uma relação afetuosa e incondicional com seu filho;
– Manter uma relação que vá além do provimento financeiro;
– Participar dos cuidados diários e da criação do seu filho, dando comida, ajudando-o a se vestir, colocando-o para dormir e ensinando-o;
– Promover um vínculo carinhoso, de apego mútuo e de proximidade emocional com seu filho;
– Compartilhar com a mãe as tarefas de cuidados com o filho e com a casa;
– Estar envolvido em todos os momentos do desenvolvimento do seu filho: gravidez, nascimento,
primeira infância, infância e adolescência;
– Incentivar o desenvolvimento de seu filho: lendo histórias, cantando e/ou colocando música, apoiando-o em trabalhos de casa e brincando com ele.

(Foto: Pexels)

Todas essas ações podem ser realizadas sendo o pai casado com a mãe da criança ou não. O que realmente faz a diferença é que ambos cheguem a um acordo diante das principais questões de criação do filho. Diz o guia: “É positivo que os casais e ex-casais aprendam a negociar as decisões de criação de seus filhos. Podemos observar que quando há menos conflitos na relação entre os progenitores, existe uma maior participação do pai na vida da criança.”

Sobre as dificuldades de conciliar a participação ativa na criação do filho com uma eventual carga pesada de trabalho, a publicação indica que pequenos momentos sejam respeitados quando possível. Como pedir permissão no trabalho para participar de alguma atividade escolar do filho, ou levá-lo ao médico, por exemplo. Quando não for possível, é importante se manter informado de tudo o que aconteceu nestas ocasiões. No caso de o pai passar o dia inteiro fora de casa, ele deve garantir que o pequeno tempo que tem com o filho seja de qualidade: priorizando o contato físico e o diálogo e evitando distrações como TV e celular.

+ sobre o tema

Alunas fazem mobilização pelo uso de shorts em escola de Porto Alegre

Petição online "Vai ter shortinho, sim" já tem mais...

É hora de olhos de bem-te-vi e ouvidos de boi manhoso – Por: Fátima Oliveira

São tantas coisas na política nacional que é difícil...

Valentino recruta atriz e diretora de Pose para a campanha de sua nova bolsa

Dominique Jackson é Elektra Wintour, antagonista glamurosa do seriado...

Lea T. deve fazer mudança de sexo ainda em 2011

Lea T. contou que deve fazer a mudança de...

para lembrar

A máquina de fazer ativistas não respeita subjetividades

É comum nos movimentos sociais a ideia de coletividade...

Mulheres brancas ainda não sabem tratar do feminismo interseccional

* Texto orginalmente publicado no site For Harriet. Por  Jaimee...

Homens sem desejo: adeus ao mito do macho sempre a postos

A falta de desejo já não é um problema...

E-book “Mulher faz ciência” reúne histórias de cientistas brasileira

Quando alguém pensa em um cientista, o esquema mental acionado,...
spot_imgspot_img

Sueli Carneiro analisa as raízes do racismo estrutural em aula aberta na FEA-USP

Na tarde da última quarta-feira (18), a Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária da Universidade de São Paulo (FEA-USP) foi palco de uma...

O combate ao racismo e o papel das mulheres negras

No dia 21 de março de 1960, cerca de 20 mil pessoas negras se encontraram no bairro de Sharpeville, em Joanesburgo, África do Sul,...

Ativistas do mundo participam do Lançamento do Comitê Global da Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver

As mulheres negras do Brasil estão se organizando e fortalecendo alianças internacionais para a realização da Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem...
-+=