O Congo lançou quarta-feira a sua Campanha para a Aceleração da Redução da Mortalidade Materna em África (CARMMA), à semelhança de vários outros países africanos que o fizeram antes, constatou a PANA no local.
A CARMMA é uma iniciativa conjunta do Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP), da Organização Mundial da Saúde (OMS), do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e de outros organismos, adoptada pelos ministros africanos da Saúde numa reunião em Addis Abeba (Etiópia).
Ela visa essencialmente reduzir no continente africano a mortalidade materna, considerada, tal como a mortalidade infantil, como indicadores dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio em que poucos progressos foram registados.
“Ajamos Agora! Nenhuma Mulher Deverá Morrer ao Dar a Vida”, é o lema desta campanha que visa mobilizar as autoridades políticas, o sector privado, a sociedade civil, os parceiros de desenvolvimento e as populações para tomar consciência dos seus papéis na melhoria da saúde materna e neonatal no Congo.
Para lá chegar, é importante assegurar a tomada de consciência pelos setores público e privado e pelas instituições (Parlamento, municipalidades, confissões religiosas) da necessidade de financiar intervenções para acelerar a redução da mortalidade materna e neonatal.
“A luta contra a mortalidade materna é uma prioridade de saúde pública e um imperativo social, moral e político que se inscreve no quadro da promoção dos direitos da pessoa e da mulher em particular, bem como a equidade social”, declarou o director-geral do FNUAP, Bounmi Makinwa.
A taxa de mortalidade materna no Congo é de 781 mortos por 100 mil nascimentos vivos e a de mortalidade infantil de 75 por mil, figurando entre os índices mais elevados na África Subsahariana.
Os poderes públicos tomaram iniciativas que visam melhorar a situação.
Entre estas figuram a adopção do roteiro para a aceleração da redução da mortalidade materna e infantil e a gratuidade da cesariana e do tratamento antipalúdico para as mulheres grávidas e as crianças de 0 a 15 anos de idade.
O ministro da Saúde e População, Georges Moyen, indicou que o Congo se situava num contexto propício à mudança das tendências da mortalidade materna.
Fonte: Angola Press