A sondagem realizada pela Universidade de Michigan apontou, nesta sexta-feira, que os consumidores dos EUA ficaram um pouco mais otimistas em relação à economia entre os meses de julho e agosto. A pesquisa teve uma leitura de 68,9 pontos no mês passado, ante um resultado de 67,8 pontos em julho. Em agosto do ano passado, a mesma sondagem havia apontado um patamar de 65,7 pontos. O número é preliminar e ainda deve sofrer mais uma revisão.
Além do grau de confiança no estado atual da economia, a Universidade de Michigan também procura medir como o consumidor percebe suas próprias condições financeiras, bem como suas expectativas para o futuro próximo. A sondagem de agosto apontou que o trabalhador dos EUA está mais confiante nos dois aspectos. O chamado Índice das Condições Atuais passou de 76,5 para 78,3 pontos entre julho e agosto, e ficou bem acima 66,6 pontos medidos em agosto do ano passado.
Já o Índice das Expectativas dos Consumidores teve uma leitura de 62,9 pontos no mês passado, ante 62,3 em julho, mas abaixo dos 65 pontos medidos em agosto de 2009. Na visão dos responsáveis pela pesquisa, o nível geral de confiança dos consumidores permaneceu bastante firme em agosto. “Os consumidores não entraram em pânico diante da desaceleração do crescimento econômico, e do barulho da mídia em torno do risco de um ‘double-dip’ [recaída na recessão]. A má notícia é que os consumidores contam com um enfraquecimento da renda e do nível de emprego por um extenso período de tempo”, avalia a equipe de analistas, em seu relatório divulgado hoje.
Inflação estável
O índice de preços ao consumidor, na sigla em inglês (CPI) apontou inflação de 0,3% em agosto nos EUA, mesmo percental registrado no mês anterior. Nos 12 meses, a inflação acumulada é de 1,3%, segundo informações divulgadas nesta sexta-feira pela agência de estatísticas do governo norte-americano.
Segundo o Bureau, os principais componentes da elevação nos preços vieram dos setores de energia e alimentos. O índice de alimentos aumentou 0,2% (ante queda de 0,1% em julho), enquanto energia apresentou altas de 2,3%, desacelerando da alta de 2,6% em julho (o preço da gasolina subiu 3,9% em agosto). Em sentido oposto, o índice para todos os itens – exceto alimentos e energia – permaneceu estável após o aumento nos três meses. Os preços de lazer e vestuário diminuiram.
Fonte: Correio do Brasil