O presidente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) confirmou à revista “Jeune Afrique”, que saiu ontem para as bancas, que o continente africano resistiu bem à crise económica.
África resistiu à crise económica melhor do que se pensava graças a finanças públicas sãs, disse Donald Kaberuka, acrescentando que outro factor foi o custo do risco africano começar a ser avaliado, pelo justo valor, pelos investidores.
A par disso, frisou, os sistemas bancários e financeiros africanos foram melhor geridos do que noutras partes do mundo.
“Eles resistiram bem à crise, graças a uma boa regulação, uma boa supervisão e mecanismos de resolução de dificuldades que funcionaram bem”, declarou.
Apesar da crise, a taxa de empréstimos não pagos do BAD não aumentou, disse, explicando:
“Esta taxa de pagamentos em atraso de 14 por cento em 2005 contra 3,5 por cento em 2010 deve-se, sobretudo, às situações no Zimbabwe, Sudão e Somália.
“Pelo contrário, no sector privado, a taxa de pagamentos em atraso é insignificante”, garantiu.
Donald Kaberuka considerou que as revoltas na África do Norte não mancham a imagem do continente porque “não se deve confundir revolução com conflitos”.
Fonte: Jornal de Angola