Por Fernanda Pompeu
Sinto vertigem toda vez que lembro que sou umazinha no meio de sete bilhões de pessoas. Quase desmaio ao recordar que meu blog disputa com milhões de outros a atenção das leitoras e leitores. Pensando bem, me considero meia agulha num gigantesco palheiro.
Acho que hoje em qualquer profissão a concorrência é imensa e intensa. E a tendência é da complexidade aumentar exponencialmente. Os ofícios serão mais exigentes e mais disputados.
O certo é que não basta conquistar um cargo, um espaço, uma função. É sumamente importante manter a conquista. Sem nunca esquecer que há uma fila enorme aguardando que você bata as asas para outros planaltos ou planícies. Eis a realidade que temos.
Então fico matutando que uma das formas de tornar meu trabalho necessário é fazê-lo mais autoral. Ou seja, que ele tenha cada vez mais a minha cara. Um trabalho que expresse algo do meu jeitão de ser e estar no mundo.
Falo jeitão, pois não precisa ser o modelito esperado. Às vezes, é nosso lado torto e espontâneo que acaba encantando. Apesar dos sete bilhões, cada qual é cada qual. Há um perfil único de se manifestar no mundo. Esse único pode ser o trunfo! A carta que carregamos na manga.
Acredito que a estratégia de ter uma marca autoral, só sua, valha para qualquer tipo de ofício. Se o seu negócio é vender pizza, faça-a saborosa e sirva ou entregue sempre quentinha. Isso levará seus clientes (os leitores da pizza) a lembrar de você na hora do desejo gastronômico.
Se o cliente for seu chefe, mostre para ele que você tem uma maneira particular de realizar as tarefas. Demonstre ser capaz de ir um pouco além do feijão com arroz. Por exemplo, cultivando a iniciativa. Ela é qualidade de primeira linha no mercado e na vida.
Traduzindo do grego para o português: não basta acarinhar, ou fazer cafuné nas oportunidades. É preciso cravar as unhas nas suas dobraduras. Inventar maneiras de marcar aquilo que fazemos. Só assim pousaremos nossas asas na terra que encontramos para semear.
Fonte: Yahoo