Cúpula da Rede deixa partido denunciando que ele se tornou mercadoria à venda

Sete coordenadores do Rede Solidariedade em São Paulo saíram do partido em protesto à adesão de Marina à candidatura de Aécio Neves. São eles os coordenadores executivos Valfredo Pires e Marcelo Pilon; os coordenadores de comunicação Emílio Franco e Renato Ribeiro; os coordenadores de finanças Gérson Moura e Marcelo Saes e o coordenador de organização Washington Carvalho.

No manifesto divulgado dizem que: “”Um apoio, explícito ou velado, por parte da Rede a qualquer um dos candidatos finalistas reforça o argumento daqueles que acusam a sigla de ser mais do mesmo, de ser só uma nova roupagem para a velha e corrupta política que tanto nos dispusemos a combater”.

Na parte mais dura do manifesto: “As nossas esperanças de um Brasil mais justo, mais ético e mais sustentável mostraram-se como mercadorias, à venda por promessas que não surtirão resultados a médio e a longo prazo”, ressaltou.

 

Da Folha

Apoio a Aécio provoca debandada na cúpula da Rede em São Paulo

Em carta, sete coordenadores do partido pediram renúncia de suas atribuições

GUSTAVO URIBEDE SÃO PAULO

O apoio da ex-senadora Marina Silva (PSB) ao candidato do PSDB à sucessão presidencial, Aécio Neves, causou uma debandada na Executiva Estadual da Rede em São Paulo.

Em carta divulgada nesta segunda-feira (13) sete coordenadores do partido, que não conseguiu autorização na Justiça Eleitoral e foi abrigado pelo PSB na disputa eleitoral deste ano, pediram renúncia de suas atribuições no comando estadual.

No texto, o grupo afirma que o apoio a qualquer um dos candidatos à sucessão presidencial neste segundo turno reforça a polarização entre PT e PSDB, criticada pela Rede no primeiro turno da disputa eleitoral.

“Um apoio, explícito ou velado, por parte da Rede a qualquer um dos candidatos finalistas reforça o argumento daqueles que acusam a sigla de ser mais do mesmo, de ser só uma nova roupagem para a velha e corrupta política que tanto nos dispusemos a combater”, disse.

Em uma crítica ao PSDB, o grupo afirma que não pode servir indiretamente a um projeto de poder que “já foi testado” e com o qual não concorda. Ele ressalta ainda que não responderá pelo “assassinato” de ideais e princípios que o atraíram à Rede.

“As nossas esperanças de um Brasil mais justo, mais ético e mais sustentável mostraram-se como mercadorias, à venda por promessas que não surtirão resultados a médio e a longo prazo”, ressaltou.

Ao todo, deixaram a Executiva da Rede em São Paulo os coordenadores executivos Valfredo Pires e Marcelo Pilon; os coordenadores de comunicação Emílio Franco e Renato Ribeiro; os coordenadores de finanças Gérson Moura e Marcelo Saes e o coordenador de organização Washington Carvalho.

“No primeiro turno, a Rede tinha como discurso sair da polarização entre PSDB e PT. E, agora, quebra-se essa posição”, criticou Pires.

Em nota divulgada na última sexta-feira (10) a Executiva Nacional da Rede manifestou como legítimos no segundo turno os votos de seus militantes “em branco, nulo ou em Aécio Neves”.

O porta-voz da Rede em São Paulo Alexandre Zeitune lamentou o desligamento dos coordenadores do comando estadual do partido.

“A Rede esclarece que, apesar da tentativa de construir um diálogo com respeito a opiniões diversas, não foi possível se chegar a um consenso”, afirmou, por meio de nota.

 

Fonte:  Luis Nassif Online

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