O equivalente a 75% das 5 mil crianças e adolescentes que estão na fila de adoção têm entre 10 e 17 anos. Apenas 1,31% dos candidatos estão dispostos a aceitar menores que pertencem a essa faixa etária.
(1’42” / 401 Kb) – Apenas 15% das crianças internadas em abrigos estão aptas para adoção. Reportagem da Agência Brasil destaca que a busca pelas famílias e as tentativas de reinserir a criança no seu lar de origem podem levar anos. A Lei Nacional da Adoção obriga o Estado a esgotar todas as possibilidades de reintegração com a família natural antes de a guarda ser concedida a pais adotivos.
As exigências impostas pelos candidatos também dificultam o processo de adoção. Ainda de acordo com a reportagem, a maior parte dos pretendentes procura crianças pequenas, da cor branca e sem irmãos. Conforme dados do Cadastro Nacional de Adoção, 35% dos pretendentes aceitam apenas crianças brancas e 59% estabelecem um teto de três anos de idade.
O equivalente a 75% das 5 mil crianças e adolescentes que estão na fila de adoção têm entre 10 e 17 anos. Apenas 1,31% dos candidatos estão dispostos a aceitar menores que pertencem a essa faixa etária.
Estimativas do governo federal indicam a existência de mais de 2 mil instituições de acolhimento em todo o país. O tempo máximo de permanência em um abrigo é de dois anos, mas raramente esse critério é respeitado.
A violação de direitos da infância e juventude representa mais de 84% do total de 97 mil denúncias registradas pelo Disque Direitos Humanos – Disque 100, em 2011.
De São Paulo, da Radioagência NP, Jorge Américo.
Fonte: Radio Agêncianp