Discurso transfóbico de Nikolas Ferreira jamais será liberdade de expressão

Qual o limite para um deputado se pronunciar na Câmara dos Deputados?

O teatro covarde do péssimo deputado Nikolas Ferreira, usando uma peruca loira, com seu discurso altamente transfóbico, vai para o lado oposto da democracia, da igualdade de gênero e do respeito às diferenças.

Se um deputado pintar o seu rosto de preto, como faziam os black faces, para um discurso racista na Câmara, isso será encarado como liberdade de expressão? Se colocar um cocar e desqualificar a importância da história dos povos originários com acusações levianas, será apenas um discurso político?

Vamos colocar as coisas no seu devido lugar.

Crime é crime, em qualquer local. Aliás, esse deputado nocivo à sociedade brasileira foi o mais votado nas últimas eleições, e tenho certeza que as pessoas não votaram nesse sujeito para isso.

Ele é um preconceituoso que está tentando aproveitar da sua imunidade parlamentar para espalhar o seu discurso de ódio, mandando uma mensagem direta para aqueles que pensam como ele.

Os partidos governistas protocolaram um pedido de abertura de processo disciplinar na Câmara para apurar possível quebra de decoro.

Nikolas Ferreira deveria ser cassado, sim! Porque o Brasil está num processo de mudança e de recuperação dos princípios e valores da nossa sociedade, e a ideologia desse deputado não vai ao encontro do resgate da paz.

Não tenho dúvida de que ele não é digno de ser um representante da Câmara dos Deputados do Brasil. Se nada acontecer, significará que todos pensam como ele, e não acho que isso é verdade.

O que ele fez não tem explicação e muito menos defesa. Não se pode mais deixar pessoas desse tipo continuar espalhando discursos de ódio e preconceitos para a nossa sociedade. Não é isso que esperamos de um deputado, e ele não foi escolhido pelos eleitores de Minas Gerais para isso.

Aliás tem uma lista de deputados e senadores que precisam ser alvo de processos de cassação. Damares Alves, Carla Zambelli, Bia Kicis, Eduardo Bolsonaro, Flávio Bolsonaro: todos fizeram discursos antidemocráticos durante quatro anos, espalhando fake news contra a importância da vacinação, entre outras coisas.

E cabe ao povo brasileiro cobrar atitude do novo governo.

A cada dia, as acusações de crimes do clã Bolsonaro aumentam, chegando até ao contrabando de joias.

Não é coincidência que o deputado Nikolas Ferreira seja um bolsonarista. Ele segue os passos de seu chefe, que cansou de fazer discursos machistas (agredindo verbalmente jornalista e deputadas), racistas, homofóbicos e transfóbicos, tudo que existe de ruim dentro de uma sociedade.

E vamos lembrar que o covarde ex-presidente está foragido nos Estados Unidos desde o dia 29 de dezembro de 2022, e não vai voltar por livre e espontânea vontade, porque teme ser preso. E será mesmo, mais cedo ou mais tarde.

SEM ANISTIA!

+ sobre o tema

Detenção de Mano Brown exemplifica a mensagem de Cores e Valores

Pedro Paulo Soares Pereira, 44 anos, também conhecido como...

Últimas tropas de combate dos EUA deixam o Iraque

Segundo redes americanas, tropas deixam o país em direção...

Manifestações livres sobre qualquer assunto

Por Leno F. Silva De novo, mais uma...

para lembrar

Como Luizão, deu aula no Anglo por 5 anos. Ao virar Luiza, foi demitida

No ano passado, “professor Luizão” assumiu que era transexual...

Abel Neto relata que é vítima de ofensas racistas em estádios brasileiros

Com a presença da atleta transgênero Isabelle Neris, jogadora...

Trans lutam por beleza própria, mas são alvos de preconceito por quem espera ‘padrão estético’

O estudante de administração Nathan Meireles, de 24 anos,...

ONU adota resolução sobre incompatibilidade entre democracia e racismo

O Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações...

O futuro de Brasília: ministra Vera Lúcia luta por uma capital mais inclusiva

Segunda mulher negra a ser empossada como ministra na história do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a advogada Vera Lúcia Santana Araújo, 64 anos, é...

Comitê irá monitorar políticas contra violências a pessoas LGBTQIA+

O Brasil tem, a partir desta sexta-feira (5), um Comitê de Monitoramento da Estratégia Nacional de Enfrentamento à Violência contra Pessoas LGBTQIA+, sigla para...

Não é mentira: nossa ditadura militar também foi racista

Em meio às comemorações da primeira e mais longeva Constituição brasileira, promulgada em 25 de março de 1824 – um documento que demonstra a pactuação...
-+=