Em um dia, vaquinha para ajudar entregador agredido no Rio levanta R$ 135 mil

Enviado por / FonteJuliana Elias, da CNN

Valor é destinado a comprar uma casa para Max Ângelo dos Santos; iniciativa teve apoio do apresentador Luciano Huck e do ator João Vicente de Castro

Uma vaquinha aberta na internet, na sexta-feira (14), para levantar dinheiro para compara uma casa para o entregador Max Ângelo dos Santos, já tinha levantado R$ 135.606 na noite deste sábado (15).

Por volta as 19h30, a página já tinha recebido mais de 4 mil doações e o valor equivale a 71% da meta de R$ 190 mil.

Max foi um dos entregadores de aplicativo agredidos na semana passada, no bairro de São Conrado, no Rio de Janeiro, pela ex-atleta Sandra Mathias, que xingou e bateu no rapaz com uma coleira de cachorro após reclamar que ele circulava com sua moto pela calçada.

Aberta no site de contribuições coletivas Voaa, e ainda recebendo doações, a vaquinha para a casa de Max contou com o apoio e a divulgação do apresentador Luciano Huck e também do ator João Vicente de Castro.

“Essa semana encontrei o Max esse ser humano incrível que foi covardemente agredido por uma Racista em são Conrado”, escreveu João Vicente em suas redes sociais.

“Perguntei qual era seu sonho e ele disse na hora: Sair do aluguel. Portanto abrimos uma vakinha pra tentar comprar a casa dele.”

Luciano Huck publicou em seu perfil um vídeo mostrando o encontro que ele e João Vicente tiveram com Max e também divulgando a inciativa.

“Eu não desejo isso para o meu pior inimigo, irmão”, diz Max no vídeo. “Pra mim, chega a ser uma violência hedionda. Uma coleira, para bater numa pessoa… Aquilo ali me representou muito os meus ancestrais, escravos. É como se eu tivesse sendo chicoteado.”

Chamada a prestar depoimento à polícia durante a semana, Sandra apresentou um atestado e não compareceu.

Sem detalhar os motivos do atestado, nem sobre a duração, o advogado Roberto Duarte Butter afirmou que Sandra tem várias lesões pelo corpo e que, no momento propício, vai se manifestar sobre o caso.

“Quando ela vier, ela vai explicar, mas só ela pode falar”, disse o defensor.

+ sobre o tema

O pardo e o mal-estar do racismo brasileiro

Toda e qualquer tentativa de simplificar o racismo é um tiro...

Quem ganha ao separar pessoas pretas e pardas?

Na África do Sul, o regime do apartheid criou a...

Justiça manda soltar PM que matou marceneiro negro com tiro na cabeça na Zona Sul de SP

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu nesta quarta-feira...

Promotor é investigado por falar em júri que réu negro merecia “chibatadas”

Um promotor de Justiça do Rio Grande do Sul é...

para lembrar

O pardo e o mal-estar do racismo brasileiro

Toda e qualquer tentativa de simplificar o racismo é um tiro...

Quem ganha ao separar pessoas pretas e pardas?

Na África do Sul, o regime do apartheid criou a...

Justiça manda soltar PM que matou marceneiro negro com tiro na cabeça na Zona Sul de SP

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu nesta quarta-feira...

Promotor é investigado por falar em júri que réu negro merecia “chibatadas”

Um promotor de Justiça do Rio Grande do Sul é...
spot_imgspot_img

O pardo e o mal-estar do racismo brasileiro

Toda e qualquer tentativa de simplificar o racismo é um tiro no pé. Ou melhor: é uma carga redobrada de combustível para fazer a máquina do racismo funcionar....

Quem ganha ao separar pessoas pretas e pardas?

Na África do Sul, o regime do apartheid criou a categoria racial coloured, mestiços que não eram nem brancos nem negros. Na prática, não tinham...

Justiça manda soltar PM que matou marceneiro negro com tiro na cabeça na Zona Sul de SP

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu nesta quarta-feira (27) habeas corpus ao policial militar Fábio Anderson Pereira de Almeida, réu por assassinato de Guilherme Dias...