Empresa é acusada de racismo ao fazer festa que brinca com a escravidão

Uma cerimonialista postou fotos de um ensaio para uma festa de 15 anos de uma jovem de Belém (PA) cujo tema era “imperial garden”, com negros fantasiados de escravo servindo a debutante. Produção gerou revolta entre internautas, que enxergaram racismo: “Brincam com a nossa dor”

Do Revista Fórum

Reprodução/Facebook

Uma cerimonialista teve que vir a público, pedir desculpas, assumir o erro e apagar uma postagem depois das milhares de acusações de racismo de internautas. Lorena Machado, dona de uma empresa que promove festas em Belém (PA), postou em suas redes sociais as fotos de um ensaio de uma festa de 15 anos de uma jovem da região. O tema da produção era “imperial garden”, e contava com pessoas negras agindo como escravos ao servir a debutante, que é branca.

A denúncia de racismo começou a se espalhar com a postagem de uma internauta negra, na manhã desta quinta-feira (15), que viralizou nas redes.

“Foi feita uma festa de 15 anos com um tema relacionado a escravidão. Está no Instagram e eu estou completamente assustada. O rosto da menina foi cortado por ser menor de idade e esse é o perfil da cerimonialista.  Sem palavras, completamente. Nome da festa: Imperial Garden. Vocês brincam com nossa dor e depois vem dizer que foi ’em querer’ ou uma ‘homenagem’. Vai se fuder”, escreveu uma usuária do Facebook. A postagem já ultrapassou os 20 mil compartilhamentos.

+ sobre o tema

O pardo e o mal-estar do racismo brasileiro

Toda e qualquer tentativa de simplificar o racismo é um tiro...

Quem ganha ao separar pessoas pretas e pardas?

Na África do Sul, o regime do apartheid criou a...

Justiça manda soltar PM que matou marceneiro negro com tiro na cabeça na Zona Sul de SP

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu nesta quarta-feira...

Promotor é investigado por falar em júri que réu negro merecia “chibatadas”

Um promotor de Justiça do Rio Grande do Sul é...

para lembrar

O pardo e o mal-estar do racismo brasileiro

Toda e qualquer tentativa de simplificar o racismo é um tiro...

Quem ganha ao separar pessoas pretas e pardas?

Na África do Sul, o regime do apartheid criou a...

Justiça manda soltar PM que matou marceneiro negro com tiro na cabeça na Zona Sul de SP

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu nesta quarta-feira...

Promotor é investigado por falar em júri que réu negro merecia “chibatadas”

Um promotor de Justiça do Rio Grande do Sul é...
spot_imgspot_img

O pardo e o mal-estar do racismo brasileiro

Toda e qualquer tentativa de simplificar o racismo é um tiro no pé. Ou melhor: é uma carga redobrada de combustível para fazer a máquina do racismo funcionar....

Quem ganha ao separar pessoas pretas e pardas?

Na África do Sul, o regime do apartheid criou a categoria racial coloured, mestiços que não eram nem brancos nem negros. Na prática, não tinham...

Justiça manda soltar PM que matou marceneiro negro com tiro na cabeça na Zona Sul de SP

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu nesta quarta-feira (27) habeas corpus ao policial militar Fábio Anderson Pereira de Almeida, réu por assassinato de Guilherme Dias...