Empresária cria marca de artigos de papelaria com temática afro

Enviado por / FontePor Marcelo Baccarini, do G1

Negócio teve aumento de 25% durante a pandemia e faturou mais de R$ 100 mil em 2020.

Uma ex-professora apostou na diversidade ao lançar uma marca de artigos de papelaria e moda com temática afro. Mesmo com a pandemia do coronavírus, teve aumento de 25% na receita em 2020. Ela se reinventou e faturou mais de R$ 100 mil.

Ana Cláudia Silva era professora e, para complementar a renda, revendia bolsas para as colegas de trabalho, até que decidiu virar empreendedora. Com o valor do 13º salário – R$ 2,8 mil – comprou tecido, couro sintético e fez bolsas com estampa afro. Começou a vender e não parou mais.

“É possível começar com pouco, assim como eu comecei. Foi um investimento que fiz com um risco calculado, estudei o mercado, vi oportunidade, coloquei minhas poucas economias no que eu precisava e no que o mercado precisava e vi que o retorno seria possível”, conta a empresária.

Os produtos levam diversidade para alunos e professores. Além de bolsas, são mochilas, jalecos, cadernos e outros itens de papelaria.

“Você vai nas prateleiras de grandes papelarias, de armarinhos, e sempre vai achar os mesmos personagens. Mas você não vai achar nada que se identifique com o meu cabelo, com as tranças, com os dreads, com a pele mais escura”, diz.

Ana montou a empresa no começo de 2019 e vendeu muito durante todo o ano. Animada, investiu R$ 30 mil e fez um estoque grande no começo de 2020, mas a pandemia chegou. Quase 90% das vendas eram feitas em feiras e eventos, que pararam com o início da quarentena.

Em menos de um mês, Ana fez uma revolução digital na empresa. Chamou artistas negros, fez lives, alugou estúdio, tirou fotos de produtos, divulgou on-line.

Os produtos são criados pela empresária e a produção é terceirizada. Em 2020, o faturamento ultrapassou pela primeira vez R$ 100 mil. A empresária também colocou as contas em ordem, trocou fornecedores e reduziu os custos em 20%.

Para 2021, a expectativa é faturar R$ 150 mil e iniciar contatos para exportação.

Afra Design
Telefone: (11) 98555-4958
E-mail: [email protected]
Site: www.useafra.com/
Facebook: Afra Design
Instagram: www.instagram.com/use_afra/

Casa Pretahub
Avenida Nove de Julho, 50 – Bela Vista
São Paulo/SP – CEP: 01312000
Telefone: (11) 93232-0658
E-mail: [email protected]
Site: www.casapretahub.com.br
Facebook: Casa Preta Hub
Instagram: www.instagram.com/casapretahub/

+ sobre o tema

Por defender união gay, Jean Wyllys recebe ameaça de morte

O deputado federal Jean Wyllys (Psol - BA) sofreu...

Proteção para mulheres vítimas de violência é lenta em BH

Pedidos de medidas protetivas passam de 6 mil este...

Filha mais velha de Obama, Malia atrai legião de fãs com seu estilo

Filha do dono da caneta mais poderosa do mundo,...

para lembrar

‘No Brasil, ser negro tem peso maior que ser gay’

Gay declarado, o rapper paulistano Rico Dalasam enfrentou diversos...

stephanie ribeiro, feminista, negra, silenciada

no facebook, é permitido: ser masculinista, racista, misógino. não...

12 livros escritos por mulheres negras para ler em 2016

De romance à ficção científica, passando por poesia e desbravando...

Sueli e Thereza: mulheres negras

Em 1975, a ONU reuniu mulheres de diversos países...
spot_imgspot_img

Pesquisa revela como racismo e transfobia afetam população trans negra

Uma pesquisa inovadora do Fórum Nacional de Travestis e Transexuais Negras e Negros (Fonatrans), intitulada "Travestilidades Negras", lança, nesta sexta-feira, 7/2, luz sobre as...

Aos 90 anos, Lélia Gonzalez se mantém viva enquanto militante e intelectual

Ainda me lembro do dia em que vi Lélia Gonzalez pela primeira vez. Foi em 1988, na sede do Instituto de Pesquisas das Culturas Negras (IPCN), órgão...

Legado de Lélia Gonzalez é tema de debates e mostra no CCBB-RJ

A atriz Zezé Motta nunca mais se esqueceu da primeira frase da filósofa e antropóloga Lélia Gonzalez, na aula inaugural de um curso sobre...
-+=