Equidade de gênero nas empresas do Brasil e do mundo vai demorar para virar realidade, diz especialista

 

Rio de Janeiro – A implantação de programas de equidade de gênero pelas empresas brasileiras enfrenta desafios para se tornar realidade, disse ontem (27) professora Carmen Migueles, da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas (Ebape) da Fundação Getulio Vargas.

A Equidade de Gêneros e a Gestão da Diversidade é o tema do fórum organizado pela Ebape, que ocorre nesta quinta-feira, para discutir a experiência nessa área de grandes empresas nacionais e estrangeiras. O evento pretender chamar a atenção para o tema, que consta das oito Metas do Milênio da Organização das Nações Unidas (ONU).

O consolo, ressaltou Carmen, é que as empresas do mundo todo não estão muito mais à frente do Brasil nessa área. Mesmo em um país adiantado como a Alemanha, citou, as empresas têm dificuldade de promover mulheres para cargos de alta liderança. A Alemanha aderiu recentemente ao pacto global da ONU, para tentar resolver o problema. “Mesmo nos países mais iguais, é difícil as mulheres passarem de um cargo de média gerência para cima. Na Suíça, Suécia, Noruega, Dinamarca, Finlândia, o número de mulheres na alta administração é pequeno”, informou.

De acordo com Carmen Migueles, o Brasil sofre menos desse problema que os países mais adiantados porque aqui o fator desigualdade conta. “A situação no Brasil é muito pior para as mulheres negras, mas é relativamente mais fácil para as mulheres brancas de classe social A. Porque, como elas podem contratar babá, motorista e um monte de coisas, elas conseguem competir de igual para igual com os homens. Já quando você está em uma sociedade muito igual, a mulher tem que abrir mão da própria família para poder competir. Não é mais possível conciliar os afazeres domésticos com a carreira”.

No ranking global de combate à desigualdade, o Brasil ocupa a 62ª posição e está muito bem na questão do acesso das mulheres à educação. “É um dos poucos países do mundo hoje em que o número de alunas nos cursos superiores é maior que o de homens: 56% dos alunos são do sexo feminino”, disse. Segundo a ONU, um dos maiores desafios para a promoção da equidade é garantir que as mulheres tenham acesso à educação.

 

 

Fonte: Mulher Negra

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