Capa do caderno especial sobre trabalho dos negros
O caderno especial Produtores de Owó, publicado na edição de 20 de novembro de 2009 do Jornal A TARDE, recebeu o prêmio Banco do Nordeste de Jornalismo Regional, na categoria Mídia Impressa I. A TARDE divide o primeiro lugar com o jornal O Povo, do Ceará, com A trilogia Autoestima Cearense.
O especial, idealizado pela repórter Cleidiana Ramos, com a participação dos repórteres Meire Oliveira, Alana Fraga, Juracy dos Anjos e Tassia Correia, além do repórter fotográfico Haroldo Abrantes foi publicado no Dia Nacional da Consciência Negra e trouxe matérias sobre o trabalho da população negra na economia baiana.
Cleidiana Ramos, idealizadora e editora do caderno, diz como surgiu a proposta da matéria. “A comunidade negra sempre foi empreendedora e importante para a economia do Estado. Desde a greve de 1857, quando os escravos de ganho e os negros alforriados decretaram uma greve que paralisou a cidade por duas semanas, até os dias de hoje, a população negra nos mostra sua importância em nossa economia”, diz.
A jornalista comenta, também, como o trabalho em equipe foi importante na construção do caderno. “O interessante no especial é que, desde a construção da pauta, houve uma discussão entre nós, do jornal, com representantes dos movimentos negros organizados, sociedade civil e especialistas a fim de trazer novas ideias de como abordar o tema. Além disso, em uma parceria com o Instituto de Mídia Étnica, trouxemos a estudante Juliana Dias para fazer parte da elaboração do caderno.”.
A coordenadora de Cadernos Especiais de A TARDE, Simone Ribeiro, diz que a conquista do prêmio é, antes de tudo, “um estímulo para fazer mais e melhor”. Meire Oliveira, repórter do especial, salienta: “Tentamos mostrar às pessoas como a cultura negra é parte de nossa construção enquanto baianos”.
Com a vitória regional, a série Produtores de Owó concorrerá à premiação nacional. “Independentemente de prêmio, levamos a pauta às pessoas e aos professores, que já começam a utilizar o material como complemento didático. Este é o maior prêmio que poderíamos ter recebido”, finaliza Cleidiana.
Fonte: A Tarde