Gerson Camarotti
BRASÍLIA – A candidata petista a presidente, Dilma Rousseff, descartou nesta segunda-feira falar sobre ansiedade que tem de ganhar no primeiro turno com o crescimento das pesquisas.
– Eu não falo uma coisa dessa nem amarrada. É de uma soberba e pretensão achar que isso resolve a eleição.
Questionada sobre a tendência das pesquisas que apontam o aumento da diferença entre ela e José Serra, Dilma atribui isso a aceitação do presidente Lula e do governo.
– Acredito que nós estamos tendo uma aceitação grande. Um dos fatores é a popularidade do presidente. E o outro é a popularidade do governo.
Dilma faltou que representa o presidente Lula, e lembra que foi coordenadora do PAC do programa Minha Casa, Minha Vida. Ela também ressaltou que acha importante a propaganda eleitoral gratuita na televisão, que começa amanhã.
Questionada sobre um jingle da campanha do Serra, que fala que depois do “Lula da Silva”, é a vez do “Zé Serra”, Dilma ironizou.:
– Você acha que é plausível? Tenho minhas dúvidas.
Dilma promete universalização do tratamento
A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, anunciou na manhã desta segunda-feira uma proposta de universalização dos medicamentos usados no tratamento de hipertensão e diabetes. O anúncio foi feito após reunião com sua equipe de governo no escritório político.
Segundo Dilma, hoje o governo subsidia 90% destes medicamentos, representando R$ 400 milhões por ano. A ideia é complementar esses 10% restantes e dar gratuitamente a medicação para os pacientes. Na semana passada, a candidata do PT chegou a tratar do tema com representantes da indústria de medicamento.
Ela lembra que pretende usar o programa Farmácia Popular do Brasil, que atua em parceria com 12 mil farmácias privadas, para distribuir a medicação. Segundo a presidenciável, o medicamento será entregue a custo zero à população através da rede de farmácia. Dilma ressaltou que a universalização “diminui a pressão e também diminui o custo”.
Após a reunião desta manhã, Dilma falou de outros programas na área de saúde, como policlínicas regionais para dar suporte a consultas especializadas. Ela disse ainda que uma das suas propostas é a rede cegonha para o Samu, para atender as crianças.
Ainda durante a coletiva, ela ressaltou que a CPMF “faz falta”, mas não fala em retomar a contribuição.
– Nós temos uma situação muito boa no Brasil. Quando o PIB cresce, a arrecadação cresce, sem aumentar um milímetro os impostos – disse, ressaltando que parte deste aumento tem que ser destinada à saúde.
Fonte: O GLOBO