Eunápolis: Uneb demite professor acusado de assediar alunas e docentes

Eunápolis: Uneb demite professor acusado de assediar alunas e docentes. Após quase um ano da abertura de processo disciplinar por assédio, o professor de sociologia do campus de Eunápolis da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Alex Sandro Macedo foi demitido.

 

Por Ana Cely Lopes Do Bahia Noticias

O docente é suspeito de ter assediado mais de dez alunas e professoras da universidade. Em decreto publicado na manhã desta quinta-feira (22), o reitor da Uneb José Bites de Carvalho afirma que a medida foi tomada por conta da prática de “incontinência pública e conduta escandalosa”, cujo enquadramento decorre de violação de deveres previstos no Estatuto do Servidor Público do Estado da Bahia.

Segundo o texto, é esperado que os servidores mantenham “conduta compatível com a moralidade administrativa e que guardem sigilo sobre assuntos confidenciais em razão do cargo ocupado”. Em nota enviada ao BN, o suporte jurídico das vítimas afirmou que o resultado do processo quebra o silêncio em torno dos casos de violência, assédio sexual e moral.

“A sanção administrativa de demissão do professor Alex Sandro Macedo certamente servirá como caso emblemático para todo serviço público, principalmente às escolas e universidades”, informou. Apesar da finalização do caso na instância da universidade, as vítimas, por meio de sua sua advogada Anhamona de Brito ressaltam que a “luta não cessou”.

Duas docentes ainda aguardam a relocação para outras unidades por não possuírem condições psicológicas de prosseguir com as atividades no local onde a violência ocorreu. Além disso, elas aguardam o desfecho das denúncias ao Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), pela prática de ato de improbidade administrativa.

O órgão está apurando se a conduta “comissiva do professor Alex Sandro fere princípios como os da integridade e moralidade, que devem nortear a conduta de todos os servidores públicos, em especial dos formadores de opinião como é o caso da classe dos professores”, consta no inquérito.

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