O Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o escritório da Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI) no Brasil organizaram no fim de abril (24) a segunda edição do evento “Propriedade intelectual no parque”, que celebrou o Dia Mundial da Propriedade Intelectual.
Da ONU
Da esquerda para a direita: Paulo Parente; Marcela Trigo; Tatiana Campello; Denise Nascimento; José Graça Aranha; Felipe Augusto Melo de Oliveira e José Carlos Pinto. Foto: Parque Tecnológico da UFRJ
Na ocasião, especialistas discutiram a participação das mulheres na pesquisa e inovação, enfatizando as desigualdades ainda persistentes na academia brasileira.
O Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o escritório da Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI) no Brasil organizaram no fim de abril (24) a segunda edição do evento “Propriedade intelectual no parque”, que celebrou o Dia Mundial da Propriedade Intelectual.
A pesquisadora de biomedicina e professora da UFRJ Bartira Bergmann foi homenageada por seu desempenho inovador na pesquisa e patenteamento de um tratamento farmacêutico para leishmaniose. A empresa Technip FMC e a SME Biotecam também foram homenageadas como residentes do parque com o maior número de patentes depositadas.
O Parque Tecnológico da UFRJ é um espaço de 350 mil metros quadrados dedicado à inovação e às parcerias público-privadas, e abriga centros de pesquisa para empreendimentos inovadores, incubadoras de negócios e espaços para o desenvolvimento de empreendedorismo.
Durante os debates, a vice-reitora da UFRJ, Denise Nascimento, lembrou que a universidade notou um aumento do número de professoras mulheres liderando projetos de pesquisa.
José Graça Aranha, diretor regional da OMPI no Brasil, citou números indicando uma disparidade entre nomes femininos e masculinos listados nos arquivos de patentes da produção acadêmica, apesar do crescimento recente da participação das mulheres.
Já Tatiana Campello, diretora da Associação Brasileira de Propriedade Intelectual (ABPI) lembrou que há ampla presença feminina na atividade acadêmica no nível de mestrado, enquanto os homens dominam o doutorado, e que há necessidade de criar políticas que facilitem o acesso de minorias a áreas de pesquisa onde atualmente não têm presença significativa.
Felipe de Oliveira, coordenador-geral para a promoção e inovação do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), apresentou uma seleção de iniciativas que têm como objetivo melhorar os processos no instituto e a modernização de seu sistema de tecnologias da informação.
José Carlos Pinto, diretor do Parque Tecnológico, disse que o local viu forte aumento do número de patentes e registro de marcas ingressados por residentes.
Paulo Mendes, presidente da Comissão de Propriedade Intelectual e Combate à Pirataria da Seção do Rio de Janeiro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), cumprimentou os presentes e enunciou os próximos eventos sobre propriedade intelectual organizados pela OAB.
Marcela Trigo, presidente da Sociedade Executiva de Licenciamento (LES, da sigla em inglês) no Brasil, lembrou que a organização focará agora em startups e audiências jovens.
Durante a segunda parte do evento, houve mesa redonda sobre o papel da propriedade intelectual na promoção de parcerias público-privadas. A mesa redonda foi coordenada por Evelyn Montellano, consultora da Di Blasi, Parente & Associados.
A mesa redonda também contou com a participação de Shirley Coutinho, coordenadora da agência de inovação da Pontifícia Universidade Católica (PUC-RJ) e vice-presidente do Fórum Nacional de Gestores de Inovação e Transferência de Tecnologia; Bianca Leyen, gerente setorial de propriedade intelectual da Petrobras; Marcio Spínola, gerente de geociências e representante das empresas hospedadas pelo Parque Tecnológico; Ricardo Remer, sócio da Biotecam; e Vagner Latsch, coordenador de patentes do INPI.