Expectativa x realidade: por que não devemos romantizar a maternidade?

Enviado por / FontePor André Bernardo. da BBC

Moradora de Belford Roxo, na Baixada Fluminense (RJ), Juliana Reis, de 25 anos, estava amamentando Vicente, de pouco mais de um mês, quando viu a notificação pelo celular. Era segunda-feira, dia 16 de fevereiro de 2016.

No Facebook, Juliana tinha sido “desafiada” por um grupo de amigas a compartilhar momentos felizes com seu filho. “Nem foto eu quero tirar…” comentou para si mesma. “Imagina, então, foto feliz!”.

Juliana se recusou a entrar na brincadeira. Mais do que isso. Desafinou o coro dos contentes ao mostrar a maternidade como ela é, com direito a noites em claro, dores nos seios e trocas de fraldas.

“Quero deixar bem claro que amo meu filho, mas estou detestando ser mãe”, desabafou em um post.

Não satisfeita, Juliana lançou outro desafio, o da maternidade real. Sugeriu que as usuárias da rede social relatassem seus maiores medos ou compartilhassem suas piores experiências. Deu treta.

Seu desabafo viralizou. E dividiu opiniões. De um lado, mensagens de apoio de quem também questiona a romantização da maternidade. “Parabéns pela sua coragem!”, jogaram flores. De outro, comentários hostis de quem acha que Juliana sofre de depressão pós-parto. “Parabéns por estragar meu dia!”, atiraram pedras.

Sua postagem teve 2,7 mil comentários, 21,7 mil compartilhamentos e 119 mil curtidas. Isso, até ser denunciado. Juliana teve seu perfil bloqueado por 12 horas.

“Recebi muita ofensa: ‘Se não aguenta, por que fez?’ ou ‘Na hora de fazer, foi bom, não foi?’. Parei de ler. Não ia me levar a lugar nenhum. Você não pode criticar a dor do outro”, relatou Juliana ao perfil Moms of the World.

Thaiz Leão transformou suas desventuras com maternidade em ilustrações (Ilustração: THAIZ LEÃO)

O mito do amor incondicional

Juliana talvez não saiba, mas o desafio da maternidade real inspirou até dissertação de mestrado em psicologia: Reabrindo a Caixa Preta da Maternidade — As Controvérsias do Feminino no Facebook, da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), em Minas Gerais.

Sua autora, a psicóloga Janaína Silva, de 35 anos, também passou por perrengues: a hora da amamentação, só para citar um deles, não lembrava em nada as campanhas de aleitamento materno que ela via na TV. Expectativa: troca de olhares amorosos entre mãe e filho. Realidade: Janaína tinha que morder um pano para suportar tanta dor.

Em 2020, a dissertação virou livro: Pode Uma Mãe NÃO GOSTAR de Ser Mãe? — As Controvérsias Acerca do Feminino (Editora Appris). A que conclusão a autora chegou? “Não me restam dúvidas de que sim”, responde a mãe do Pedro, de 10 anos. “Ninguém nasce mãe. Nos tornamos mães. E se tornar mãe pode ser longo e doloroso. Então, pergunto: ‘Alguém gosta de sentir dor?’. Me atrevo a dizer que não. Ninguém gosta de passar por isso. Mas as mulheres passam por amor à criança. Ser mãe vai muito além de sorrisos, abraços e beijos”, afirma Janaína.

O conceito de maternidade real se opõe a outro: o da maternidade ideal, heroica e romantizada.

“Muitas famílias, quando têm filhos, se deparam com uma realidade completamente diferente daquela que esperavam”, explica a psicóloga Maria Fernanda Nogueira Ceccato, pós-graduada em psicanálise, parentalidade e perinatalidade pelo Instituto Gerar, em São Paulo (SP).

Em sua arte, Thais reproduz parte das dificuldades vividas por mães (Ilustração: THAIZ LEÃO)

“A maternidade real busca trazer à tona o que realmente acontece quando chega um filho em nossas vidas. O objetivo é que as famílias não se sintam sozinhas ou deslocadas, como se algo errado estivesse acontecendo”, acrescenta.

Por questões históricas, a figura da mãe, mais do que um ser humano como outro qualquer, ainda é associada à imagem de uma santa, um ser sagrado, que ama a maternidade 24 horas por dia e, nela, se realiza plenamente.

Até o amor materno, prossegue Maria Fernanda, é romantizado. Vende-se a ideia de que é algo inato, “de fábrica”, por assim dizer, quando, na verdade, precisa ser construído no dia a dia.

“É por isso que não gosto da expressão: ‘Nasce um filho, nasce uma mãe’. A mãe pode demorar um tempinho para ‘nascer’, para se reconhecer como mãe”, pondera a psicóloga. “Isso pode também nunca acontecer.”

Dainara Toffoli dirige atriz Mônica Iozzi no filme Mar de Dentro (Foto: ARIELA BUENO)

Maternidade sem filtro

O lado B da maternidade continua a ser debatido em sites, blogs e fóruns virtuais. Mas, aos poucos, começa a ganhar espaço também nas telas de cinema, nas peças de teatro, nas tirinhas de humor, nos comerciais de TV…

O filme Mar de Dentro, escrito e dirigido por Dainara Toffoli, não chega a ser autobiográfico, mas surgiu da experiência da cineasta com a maternidade. Ela e a irmã, Tatiana, cresceram ouvindo da mãe: “Não se casem, nem engravidem antes dos 30. Aproveitem a vida”.

Quando seus pais morreram, Dainara sentiu vontade de ter filhos. Mas, tinha medo da vulnerabilidade profissional que a maternidade poderia trazer. Afinal, cansou de ver mulheres mudarem de carreira ou perderem seus empregos após engravidarem.

“Na época, eu dirigia comerciais para TV. Sempre filmei muito, mas, assim que a barriga começou a aparecer, fiquei sem trabalho. Foi uma sensação horrível. Comecei a me sentir inútil e deprimida”, relata Dainara, que só voltou a filmar depois que o filho, Bernardo, hoje com 16 anos, completou cinco meses.

Longa-metragem aborda as dificuldades vividas por mãe solo (Foto: DIVULGAÇÃO)

No longa-metragem, Mônica Iozzi interpreta a publicitária Manuela, uma mãe solo que, depois de uma gravidez não planejada com um colega de trabalho, tem que lidar, entre outros apuros, com as dores do pós-parto.

Na vida real, Dainara conta que entrou na maternidade com um bico de silicone escondido na mala. Quando a enfermeira saía do quarto, ela colocava o bico e amamentava o filho. Dica da irmã, que já tinha a Lara quando Dainara engravidou.

“Tive muitos problemas, mas não cheguei a sangrar. Depois de 30 dias, tirei o bico e deu tudo certo. Amamentei até os nove meses”, recorda a cineasta.

Indagada sobre a pior parte da maternidade, Dainara não pensa duas vezes: “Achar que todas as responsabilidades são nossas e que, não importam as circunstâncias, temos que dar conta de tudo”.

Hoje, além de Bernardo, Dainara tem mais dois filhos: os enteados Carl e Luca, de 25 e 27 anos.

“Pai não ajuda. Pai cria junto!”

A atriz Rita Elmôr, de 49 anos, foi convidada por Samara Felippo para auxiliar na direção de Mulheres que Nascem com os Filhos, espetáculo teatral que Samara idealizou e escreveu com Carolinie Figueiredo. Além de dirigir as atrizes, Rita aprofundou o debate e, a seis mãos, reescreveram o texto.

Quando engravidou de seu primeiro filho, Lucca, hoje com 31 anos, Rita tinha apenas 17 e só conseguiu amamentá-lo até os seis meses. Depois, ingressou na faculdade e passou a sentir culpa por praticamente tudo: por ter sido mãe adolescente, por precisar da ajuda da família para sustentar o filho, por querer sair com as amigas para se divertir…

Quando Nina nasceu, 28 anos depois do irmão, a culpa mudou. Dessa vez, por nunca ter valorizado o trabalho doméstico da mãe. “Tudo é feito para que a mulher se torne escrava de sua culpa”, lamenta a atriz e diretora. “Somos consumidas pela culpa de não sermos boas mães quando ousamos pensar nas nossas necessidades. Muitas desistem de lutar pelos seus sonhos e correm o risco de desenvolver uma grande amargura”.

A peça, que estreou em 2019, já passou por seis cidades, sempre com lotação esgotada. A próxima temporada será no Teatro do Shopping Morumbi (SP), entre os dias 1º e 4 de junho. A plateia, garante a diretora, gargalha e chora ao mesmo tempo, o tempo todo.

“A maternidade real está aqui para dizer: ‘Tudo bem’. Não se sinta culpada por estar sofrendo, nem por achar um saco trocar fraldas, nem por ficar feliz quando está longe de seu bebê… É assim mesmo. Mas, a maternidade real está aqui também para retirar o homem do lugar de enfeite. Ele passou a ocupar o centro do debate. Como dizemos na peça: ‘Pai não ajuda. Pai cria junto'”.

Mães guerreiras ou pais ausentes?

O resultado do teste de gravidez demorou apenas alguns segundos. Mas, acreditem, foram os segundos mais longos da vida da designer Thaiz Leão, de 33 anos. Quando finalmente apareceram os dois tracinhos, o céu desabou no banheiro da faculdade. “Uma série de palavrões e muitas exclamações”, recorda, foram as primeiras coisas que lhe passaram pela cabeça ao se descobrir grávida, aos 23 anos e no penúltimo período do curso.

Mãe solo, Thaiz logo transformou suas desventuras em ilustrações. Algumas delas estão em Chora Lombar — Maternidade na Real (Garabato, 2016) e O Exército de Uma Mulher Só (Belas Letras, 2019).

Com bom humor, Thaiz lista desde comentários para lá de sem-noção, como “Você não devia ficar com ele no colo, vai acostumar mal…”, “Você é forte, vai dar conta sozinha…” e “Um filho é uma benção, minha filha…”, até os vários tipos de pais existentes, como o pai “cansada do quê?” (“Se você passa o dia inteiro em casa só cuidando deles…”), o pai “arroz de festa” (“Esse é o meu filhão que eu amo, amo, amo…”) e o pai “minha ex é louca” (“Se eu não vejo meus filhos é por culpa dela! Não é?”).

Nas redes sociais, Thaiz Leão, a Mãe Solo, já tem 144 mil seguidores, 92 mil deles só no Facebook. Além de ilustrações, também compartilha reflexões como “Chega de chamar cansaço de preguiça”, “A vida é curta demais pra gente perder tempo tentando ser uma mãe que não existe!” e “Gestar é lindo, parir é intenso, criar é treta!”.

“Rede de apoio é fundamental, sim. Mas é da criança e não da mãe. Uma criança precisa de muito apoio. Parte dele é possível que a mãe dê. Todo, não dá. Para dar tudo o que uma criança precisa, merece e tem direito, é preciso uma sociedade inteira”, afirma a mãe do Vicente, de nove anos.

Toda família precisa de uma rede de apoio. Física ou virtual, não importa. O importante é ter e acioná-la, quando preciso. E mais: não precisa ser necessariamente familiar. Podem ser amigos, vizinhos, profissionais da saúde…

“Quem cuida também precisa de cuidado. Afinal, a mulher não deixa de ser humana só porque deu à luz. Ninguém sobrevive sozinho. Precisamos uns dos outros. Não ter uma rede de apoio pode ser fator de risco para depressão” alerta a psicóloga Solange Frid, diretora do Instituto Maternelle, no Rio de Janeiro (RJ).

O Brasil tem hoje 11,6 milhões de mães solos. Elas chefiam 37,3% das famílias brasileiras. Já o total de crianças brasileiras que não têm o nome do pai na certidão de nascimento já chega a 5,5 milhões.

Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

As mães também erram

Foi pensando nas futuras gerações, de pais mais responsáveis e mães menos sobrecarregadas, que Vana Campos e Vanessa Bárbara escreveram, respectivamente, Segredo (Cachecol, 2017) e Mamãe Está Cansada (Companhia das Letrinhas, 2023). Os dois livros, como se diz nos filmes, foram baseados em histórias reais.

O primeiro deles, Segredo, fala da vida nada cor de rosa das mães. A inspiração veio no dia em que a escritora e ilustradora Vana Campos, após pedir repetidas vezes para o filho Benjamin, então com quatro anos, entrar no banho, soltou um grito.

“Tá doida, mãe?”, perguntou o menino, entre indignado e curioso. “Por que você está gritando?”.

“Pois é, as mães erram…”, admitiu Vana, encabulada.

“Impossível!”, rebateu o pequeno Benja. “As mães não erram…”.

Com ilustrações de Raquel Matsushita, Segredo revela que, sim, as mães também erram. E aponta, inclusive, alguns desses pequenos deslizes, como ter medo do escuro, chorar por bobagem e abusar dos doces. “Essa ideia de que a maternidade é um dom da mulher e que seu lugar é naturalmente em casa com os filhos é uma construção social que vem do patriarcado”, afirma Vana, de 46 anos.

“A maternidade não pode ser uma imposição, ao contrário, é uma escolha. Muitas mulheres sentem que a maternidade é seu dever e sofrem conflitos muito dolorosos. A maternidade vira um fardo pesado”, lamenta ela que, além de Benjamin, hoje com 12 anos, é mãe também de Amora, de nove anos.

No olho do furacão

“Desesperadora”. É assim, numa única palavra, que a jornalista e escritora Vanessa Barbara, de 40 anos, define a experiência de criar uma filha pequena, Mabel, de apenas quatro anos, no meio de uma pandemia.

Com a suspensão das aulas da creche, entre outras medidas de isolamento social, Vanessa, seu parceiro e Mabel, então com um ano e meio, tiveram que passar meses confinados em um apartamento pequeno, cuidando da casa, do trabalho e da filha.

Sem ter com quem brincar, Mabel improvisava jogos e brincadeiras. Às vezes, se divertia com a própria sombra projetada na parede. Outras, retirava os livros da estante e construía uma barricada na sala. Outras, ainda, tocava tambor na barriga da mãe, exausta e resfriada, estirada no tapete.

“Cuidar de criança pequena exige o pique de um macaquinho que bate prato operando em modo contínuo”, admite Vanessa.

“Acho quase impossível encarar a maternidade sem intervalos, dias a fio, com pouca ou nenhuma ajuda — o esgotamento físico e mental é enorme”.

Para a autora de Mamãe Está Cansada, que conta com ilustrações de Laura Trochmann, a rede de apoio de mães e filhos não se limita a avós, tios, vizinhos e amigos. Ou, pelo menos, não deveria se limitar. Ela cobra investimento das autoridades em creches e escolas, e em parques e jardins.

“Circular no transporte público com crianças é um ato diário de resistência. Nossas cidades são absolutamente hostis a seus pequenos cidadãos”, protesta Vanessa.

Na prática, a teoria é outra

A escritora fluminense Elisa Fleming, de 49 anos, tinha apenas sete quando ganhou o boneco de um bebê em tamanho real. Cuidava dele como se fosse de verdade. Mas, Elisa não queria ter filhos. Nunca quis. Sua mãe vivia falando dos sonhos que deixara de realizar para cuidar dos seus filhos. E Elisa não queria essa vida para ela.

Aos 34 anos, Elisa teve Miguel. À época, achava que sabia tudo sobre criar um filho. Estava enganada. “Me senti como se tivesse sido jogada de um avião sem paraquedas”, compara. “Aliás, ainda me sinto assim”.

Aos 46, publicou Coisas Que Não Me Contaram Antes de Ser Mãe — O Que Ninguém Mostra no Cotidiano da Maternidade (Clube dos Autores, 2020). O livro começou a ser escrito, ainda em blog, tão logo foi demitida do emprego, uma operadora de plano de saúde, com um bebê de colo. Aliás, se tivessem contado, teria engravidado? “Se tivesse, na época em que decidimos engravidar, metade do conhecimento que tenho hoje, não”, responde.

Antes de o bebê nascer, explica Elisa, grávidas são vistas como “propriedade alheia”. Qualquer estranho na rua se acha no direito de encostar a mão na barriga delas. Pior: de enchê-las de dicas, palpites e conselhos que elas nunca pediram. “Já ouvi que deveria deixar meu filho chorar um tempo sozinho para ele aprender desde cedo que a vida é dura e não achar que pode tudo”, relata Elisa. Detalhe: Miguel tinha nascido havia apenas cinco dias.

Depois que o bebê nasce, mães e filhos passam a ser tratados como “aberrações” que não podem circular em determinados lugares, nem fazer barulho em outros. Elisa já passou por apertos tanto em consultório quanto em restaurante — “o garçom perguntou se eu não queria trocar de mesa porque o Miguel chorava no meu colo enquanto eu comia”. Por essas e outras, evitou ir ao cinema ou pegar avião com o filho pequeno.

“Como toda menina, fui educada, desde pequena, a acreditar que toda mulher nasce para ser mãe. E que a maternidade é o auge da vida de toda mulher”, afirma. “Ser mãe não é só propaganda linda de banco ou de perfume. Vai muito além. Tão além que ninguém fala. A gente só descobre na prática. E não precisava ser assim”.

‘Mommy Burnout’: esgotamento materno

Uma mãe cochila numa poltrona. Em instantes, é acordada pelo choro de um bebê. Dali a pouco, se vê numa ilha deserta. Como um náufrago, escreve a palavra SOS na areia da praia.

“Esse lugar me faz muito feliz. Mas, eu preciso dizer: ele é um pouquinho assustador”, diz o texto do novo comercial do Boticário. “Eu me sinto cansada, esgotada, exausta…”. Esgotamento materno é o tema da campanha de Dia das Mães, intitulada Quem Ama Também Precisa de Amor, criada pela agência AlmapBBDO.

“Falar sobre esgotamento materno não anula a experiência maravilhosa do maternar, mas desperta consciência sobre como apoiar e tornar esse caminho mais leve para todos”, analisa Marcela de Masi, diretora-executiva de Comunicação do Grupo Boticário.

“A maternidade precisa ser mais colaborativa. O caminho efetivo para o combate da exaustão física e mental das mulheres, que ainda são vistas como as principais responsáveis pela criação dos filhos, se dá a partir da construção de uma rede de acolhimento e apoio”.

Uma pesquisa do Portal Mommys, divulgada em agosto de 2022, revela que 62,7% das mães brasileiras se sentem cansadas e sobrecarregadas — um ano antes, era de 39,1%. Ainda segundo a comunidade do Facebook com 9,8 mil seguidores, 66% contam com ajuda de alguém e 34% não têm com quem dividir as tarefas de casa.

Quanto à situação profissional, 31,8% das mães trabalham com carteira assinada, 28% têm registro de PJ e 22,3% atuam na informalidade. Outro dado interessante: 35,6% praticam atividade física e 30,6% têm algum hobby.

“As mulheres são criadas para dar conta de tudo sozinhas. Não podem ser as únicas responsáveis pelos cuidados de um bebê. Esse esgotamento pode levar ao adoecimento psíquico da mãe e trazer consequências para a criança”, adverte a psicóloga Luisa Ruzzarin Pesce, autora da dissertação de mestrado O Lado B da Maternidade — Um Estudo Qualitativo a Partir de Blogs, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Para Elisa Fleming, a tão sonhada aldeia do provérbio africano — “É preciso uma aldeia inteira para educar uma criança” — ainda não passa de utopia. “Imagina como seria o mundo se estivéssemos todos juntos nessa…”, propõe.

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