Festival da mulher afrolatina tem shows, debates, cinema e mais

Evento que celebra a mulher negra, também chamado de Festival Latinidades, chega à oitava edição e acontece no Cine Brasília

Do Catraca Livre

Com o objetivo de debater sobre as desigualdades de gênero e raça e dar mais visibilidade à cultura negra, o VIII Festival Latinidades chega à Brasília entre os dias 22 e 26 de julho, se consagrando como o maior festival de mulheres negras do país. Com uma programação extensa de mesas, oficinas, lançamentos literários, feira afro, shows e performances, as ações acontecem no Cine Brasília e no Parque da Cidade. Para as atividades formativas, como palestras e workshops, as inscrições já estão encerradas; para a programação cultural, como apresentações musicais e exibição de filmes, não é necessário realizar inscrição e a entrada é Catraca Livre.

Em 2015 o festival tem o tema “Cinema Negro” e questiona a representação de mulheres e homens negros no cinema, englobando também questões de gênero e da produção e acesso de cultura pela periferia.

Um dos destaques da programação é o Slam das Minas, batalha de poesia falada exclusiva para mulheres e lésbicas, que acontece dia 24 de julho. Na batalha, as participantes apresentam poema autoral e recebem notas do júri. Todas as participantes ganham um zine-compilação de poetisas do DF e as finalistas são premiadas com brindes especiais.

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O público também pode conferir o filme “My Name Is Now”, estrelando Elza Soares e, logo na sequência, assistir ao show da cantora, no dia 22 de julho. Outras atrações musicais são Folakemi Quinteto, cantora inglesa com ascendência nigeriana, Tássia Reis, Afro Sambas com Nãnan Matos, entre outras. Para celebrar a realização do festival, também acontece a Festa Latinidades, no Parque da Cidade, com shows de Karol Conka, GOG, Rico Dalasam (SP) e DJs, entre outras atrações, com ingressos a R$ 20.

A exposição “Herança Africana: Retratos das mulheres africanas e afro-colombianas”, da fotógrafa Angèle Etoundi, também integra o festival. As fotografias exaltam a mulher negra em suas diversas possibilidades, da trabalhadora à dona de casa, da sensibilidade à força.

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