A fotógrafa Susan Portnoy passou alguns dias no deserto de Kunene, região remota entre a fronteira da Namíbia com Angola, registrando o cotidiano e os costumes do fascinante povo semi-nômade Himba. Em algumas fotografias impactantes, ela documenta a experiência de estar tão longe de tudo e de todos.
Vivendo em cabanas feitas de esterco, areia e madeira, a tribo produz de tudo um pouco para poder sobreviver. As mulheres se dedicam a fazer acessórios, como colares com fios de couro, conchas e outros itens que encontram. Enquanto isso, os homens tomam conta das cabras e dos gados do rebanho, que quanto mais volumoso, maior é o status da família.
Nas vestimentas, as mulheres e matriarcas usam tangas de couro macio, muitas de suas jóias, e passam uma pasta vermelha chamada de Otjize em seu rosto, cabelo e corpo. Nenhuma delas toma banho, limitando-se a usar a pasta perfumada. As meninas têm variados penteados na cabeça de acordo com a idade: quando crianças, fios cortados rente a cabeça; na puberdade, os cabelos são alongados com pelo de cabra, trançados e com pasta Otjize na raíz. Quando se casam, um capacete oval feito com pele de carneiro adorna a cabeça. Os homens usam o cabelo em corte baixo por boa parte da vida.
A família é algo fundamental dentro da aldeia, sendo que a mulher desempenha o papel de cuidar dos filhos, preparar a comida, se dedicar ao artesanato e até construir as cabanas onde vivem. Os homens, que podem ter mais do que uma esposa, trazem o que comer para a aldeia e cuidam dos afazeres pecuários. As crianças brincam livremente no deserto, produzem suas bonecas e inventam jogos, com ou sem bola, muitas vezes feita de tecido ou deixada por turistas.
Por viverem no deserto ensolarado e praticamente sem água ou recursos básicos, o grupo étnico se mantém firme com os costumes desde sua fundação, há mais de 200 anos, movendo-se constantemente em busca de sobrevivência.
Dá uma olhada nas fotos e observe os detalhes:
Todas as fotos © Susan Portnoy