Fotógrafo da National Geographic Brasil publica livro sobre a cultura afrodescendente no Amapá

‘Rufar dos Tambores: Imagens e Encontros Afroamapaenses’será lançado no dia 3 de abril

 

 

MACAPÁ – O marabaixo, batuque e outras expressões culturais dos afrodescendentes amapaenses serão retratados no livro ‘Rufar dos Tambores: imagens e encontros afroamapaenses’, de autoria do fotógrafo Maurício de Paiva, premiado colaborador da National Geographic Brasil e referência em fotografia documental. A obra será lançada no dia 3 de abril, no Amapá Garden Shopping, localizado na Rodovia Juscelino Kubitschek, às 19h, na capital.

As imagens foram colhidas durante a 19ª edição do Encontro dos Tambores, realizado em novembro de 2013. A festividade contou com a participação de 44 comunidades de quilombos afrodescendentes para divulgar e exaltar as tradições culturais e religiosas da cultura negra no Amapá, ao som de batuque e marabaixo.

A amapaense Piedade Lino Videira foi convidada pelo fotógrafo para fazer o prefácio do livro, onde fala sobre a importância de valorizar e divulgar a cultura local.

Piedade também foi clicada, pois, além de professora universitária, é dançadeira de Marabaixo e Batuque. “O convite veio devido ao reconhecimento do meu estudo na área. Estou ansiosa para conferir o resultado”, disse satisfeita.

Na noite de autógrafos também será aberta uma exposição com 30 fotografias que fazem parte do livro, a maioria em preto e branco, que ficará à disposição do público até o final de abril no Amapá Garden Shopping.

Sobre o autor
Maurício de Paiva é fotógrafo documental, paulistano, tem na bacia amazônica seu cenário em antropologia-visual, socioambientalismo e arqueologia. É autor dos livros “Amazônia Antiga – Arqueologia no entorno” (2009) e “Futebol na Amazônia, Imagem e Alarido (DBA 2012). Em 2011, recebeu o Prêmio Abril pela reportagem Amazônia ano 1000. Como freelancer, atualmente, é colaborador regular premiado na revista National Geographic Brasil, desde 2004 (com mais de 13 artigos publicados).

Seus ensaios e reportagens autorais são vividos em longas permanências em campo, são autênticos e se legitimam em testemunhar socioambientalismo e extrativismo, história/arqueologia e os modos de vida tradicionais na Amazônia atlântica e ocidental, dos atuais desafios em sua franca transformação.

“A Amazônia (ou o Amapá) a mim, não é mais uma busca para captação de imagens, e sim e já, há 10 anos: uma veia aberta! O motivo é inerente ao desejo, sempre. Um livro é e precisa ser valorado em qualquer nível e em qualquer região cultural”, disse Maurício de Paiva.

 

foto-mauricio2

foto-mauricio3

foto-mauricio4

foto-mauricio5

Fotos: Mauricio de Paiva

Fonte:  Portal Amazonia

+ sobre o tema

Assombrando o mainstream

Liderada pelo rapper Emicida, gravadora Laboratório Fantasma quer se...

Internado na terça-feira, Pelé recebe alta após cirurgia no quadril

A operação impediu que ele viajasse para Nova Jersey...

Ídolo do Flamengo, Andrade está hospitalizado com infecção

Ídolo do Flamengo, Andrade está hospitalizado com infecção Por: Raphael...

para lembrar

Avô da literatura africana, Chinua Achebe morre aos 82 anos

Reportagem de Tim Cocks O romancista e poeta...

Gilberto Gil busca por origens musicais em ‘Viramundo’

Gilberto Gil, que afirma que a luta tem...

Cantora de soul Candice Glover vence o “American Idol”

Candice Glover, uma cantora de soul de uma...

Literatura marginal brasileira ultrapassa fronteira das periferias

Fenômeno ganha espaço e reconhecimento com formas alternativas de...
spot_imgspot_img

Casa onde viveu Lélia Gonzalez recebe placa em sua homenagem

Neste sábado (30), a prefeitura do Rio de Janeiro e o Projeto Negro Muro lançam projeto relacionado à cultura da população negra. Imóveis de...

No Maranhão, o Bumba meu boi é brincadeira afro-indígena

O Bumba Meu Boi é uma das expressões culturais populares brasileiras mais conhecidas no território nacional. No Maranhão, esta manifestação cultural ganha grandes proporções...

“O batuque da caixa estremeceu”: Congado e a relação patrimonial

“Tum, tum-tum”, ouçam, na medida em que leem, o som percussivo que acompanha a seguinte canção congadeira: “Ô embala rei, rainha, eu também quero...
-+=