Grito dos oprimidos

Grito dos oprimidos.
Ó Deus, que mundo é este?
Mundo onde não há mais respeito entre aqueles que se dizem irmãos.
Mundo cruel, desumano.
Ó Deus, que mundo é este?
Mundo onde se mata por besteira.
Mundo onde as pessoas são julgadas pela cor da pele.
Mundo onde as pessoas se acham superiores às outras simplesmente por conta de posição social ou local onde moram.
Ei! Ei! Pare!
Este não foi o mundo que o senhor Jesus Cristo deixou.
Ele, que se sacrificou para não nos ferirmos e, mesmo no momento mais cruel e doloroso da sua vida, disse: “Pai, perdoe! Eles não sabem o que fazem”.
Que mundo é este?
Este é o mundo de onde não se leva nada.
Sua arrogância, sua indiferença, sua riqueza e, até mesmo, a sua bondade, você não levará.
Então, se acalme, respire.
Tire a sua coroa, seja de ouro ou espinho.
Calce a suas pracatas, sejam de pluma ou de ferro.
E sorria! Você não é melhor e nem pior que ninguém, apenas tem opiniões e decisões diferentes.
Devemos respeitar e amar reciprocamente, afinal, do pó viemos e para o pó voltaremos.
E a sua casa? Bom, não importará mais como será, pois, terás vizinhos de todas as classes, cores e raças. Não, terás qualquer tipo de diferenciação ou privilégios.
Ame mais!
Cuide mais!
Viva mais!
Mais amor e menos ódio nos corações dos homens!



João Batista Rodrigues Pereira

Professor, coordenador Pedagógico, Especialista em História e Cultura Afro Brasileira.
São Desidério – BA

** ESTE ARTIGO É DE AUTORIA DE COLABORADORES OU ARTICULISTAS DO PORTAL GELEDÉS E NÃO REPRESENTA IDEIAS OU OPINIÕES DO VEÍCULO. PORTAL GELEDÉS OFERECE ESPAÇO PARA VOZES DIVERSAS DA ESFERA PÚBLICA, GARANTINDO ASSIM A PLURALIDADE DO DEBATE NA SOCIEDADE.

+ sobre o tema

África – por Maurício Pestana

Na culinária, o vatapá, o acarajé, a feijoada, o...

Documentário Mulheres Negras: Projeto de Mundo revela olhar feminino negro

Com lançamento marcado para o dia 12 de setembro,...

O racismo conforma a subjetividade

“Ser negro não é uma condição dada a priori....

Encontro Internacional Afro-Feminismos De Abya Yala: Uma aposta crítica para o agora

A partir de experiências de mulheres negras de diferentes...

para lembrar

‘Sou livro sem letra’, diz poetisa de 86 anos ao entrar pela 1ª vez em escola

Ela aprendeu a ler e escrever escondido e via...

Epistemologias periféricas

Compartilho neste texto, a releitura que fiz dos livros...

Racismo na infância: terreno fértil para a violência

Ser uma criança negra no sul e sudeste. Eu...

Invisibilidade social: a cor da desigualdade

Hoje, 20 de novembro, dia em que escrevo este breve artigo, é dia de Zumbi dos Palmares e da Consciência Negra. Não tenho a...

‘Muita gente que dá aula de história da África, na verdade, está dando aulas de história da escravidão’

O senhor fez sua trajetória na universidade em um dos ambientes mais efervescentes do país para o debate sobre as Ciências Sociais, o IFCS/UFRJ...

Ainda tenho esperança

Gostaria de expressar meus sentimentos a todos que como eu, não desistiram de lutar.Os sentimentos que estou expressando, são sentimentos de orgulho e admiração!De...
-+=