H&M fecha temporariamente lojas na África do Sul após protestos por racismo

Empresa se tornou alvo de polêmica, após campanha em que se mostrava um menino negro vestindo um agasalho com a frase ‘o macaco mais legal da selva’

Da ÉPOCA 

LOJA DA H&M DEPREDADA NA ÁFRICA DO SUL (FOTO: FLOYD SHIVAMBU/TWITTER)

A marca de roupas sueca H&M fechou temporariamente suas lojas na África do Sul, como consequência dos protestos registrados nesse país contra uma propaganda tachada de racista que a empresa tinha retirado do catálogo após a polêmica suscitada por essa peça.

Nas ações de protesto registradas no sábado nem empregados nem clientes ficaram feridos, segundo afirmou a H&M através da sua conta no Twitter, mas, apesar disso, a empresa optou por fechar temporariamente os estabelecimentos por considerar prioritário garantir a segurança das pessoas.

A mensagem acrescenta que as lojas serão reabertas assim que se restabeleça a segurança.

No sábado, aconteceram ações de protesto em seis lojas da rede em Joanesburgo e outros pontos das províncias de Gauteng, aparentemente impulsionados pelo grupo esquerdista Economic Freedom Fighters (EFF), segundo informações do portal sul-africano “News24”.

Os protestos seguem à indignação causada no mundo todo por uma campanha da marca, em que se mostrava um menino negro vestindo um agasalho com a frase ‘the coolest monkey in the junlge’ (‘o macaco mais legal da selva’).

A rede sueca retirou o agasalho do seu catálogo e pediu desculpas, em meio a críticas surgidas nas redes sociais e também entre figuras do esporte, como o jogador de basquete americano LeBron James.

O artista canadense Abel Tesfaye, líder do projeto musical The Weeknd, também decidiu romper sua colaboração com a empresa sueca em protesto pelo anúncio.

A H&M expressou em um primeiro comunicado sua “compreensão” pela indignação criada pela imagem do menino e se comprometeu a analisar o ocorrido para impedir este tipo de incidente no futuro.

No entanto, o grupo sul-africano EFF considerou que as desculpas chegaram tarde e convocou os protestos contra as “lojas racistas”.

+ sobre o tema

Universitário diz sentir tratamento desigual

  Estudante do terceiro ano de administração da...

Política de ações afirmativas é tema de debate na Universidade Federal de Viçosa

A Reitoria e a Pró-Reitoria de Ensino irão desenvolver...

Comunicado del Alto Consejo de Comunidades Negras de España

Comunicado del Alto Consejo de Comunidades Negras de España Fonte:...

para lembrar

IBGE: população negra sem água encanada em sua moradia é bem maior do que a branca

O vírus encontrou um ambiente ideal para sua disseminação...

Mercado imobiliário dos EUA revela piora na desigualdade racial em uma década; entenda

Sharan White-Jenkins é uma mulher negra, proprietária de um...

RACISMO EM ARACAJÚ: Advogado confirma processo contra médica

Fonte: NeNotícias - Diego Gonzaga, funcionário da GOL que foi...
spot_imgspot_img

Geledés repudia caso de racismo contra Vera Lúcia, ministra do TSE  

A ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Vera Lúcia Santana Araújo, sofreu um episódio de racismo no dia 16 de maio. A magistrada foi...

Ministra do TSE relata humilhação e racismo em evento do governo: ‘Vou ajuizar tudo, indignidade’

A ministra do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Vera Lúcia Santana diz se sentir humilhada e promete entrar na Justiça após denunciar episódio de racismo em evento do governo...

Caso João Pedro: família cobra júri popular para policiais acusados

Familiares e defensores dos direitos humanos protestaram nesta terça-feira (20) com faixas em frente a sede do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), no centro...
-+=
Geledés Instituto da Mulher Negra
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.