Há noventa e oito anos nascia em Tuskegge, no estado do Alabama, Rosa Parks, considerada a mãe dos direitos civis dos norte-americanos.
Rosa Louise McCauley, popularmente conhecida por Rosa Parks, era uma simples costureira que se tornou famosa por ter se recusado com veemência a ceder o seu lugar no ônibus a um branco.
O incidente foi no dia primeiro de dezembro de 1955. Rosa Parks foi presa, julgada e condenada. Seu ato e sua prisão deflagraram uma onda de manifestações de apoio e revolta que se transformou no estopim do movimento denominado Boicote aos Autocarros de Montgomery.
Era o início da luta dos negros norte-americanos contra o preconceito nos Estados Unidos. O boicote aos transportes públicos durou 386 dias e quase levou à falência o sistema urbano de transportes.
Rosa cresceu em uma Fazenda no estado do Alabama, no Sul dos Estados Unidos. Devido a problemas de saúde na família foi obrigada a interromper os estudos e trabalhar como costureira.
Seu envolvimento com o movimento negro norte-americano ocorreu após o casamento, em 1932 com Raymond Parks, membro da Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor; uma organização que luta pelos direitos civis dos negros.
Foi inspirado na atitude de Rosa que o então jovem pastor negro Martin Luther King Jr. passou a incentivar, em seus sermões, que os negros fiéis fizessem o mesmo.
Este movimento teve grande repercussão nos Estados Unidos na década de 1950, pois o já famoso pastor pregava pelos direitos civis por meio do slogan “ao menos diga… Eu sou negro, com muito orgulho”.
A pregação de Luther King mudou completamente a história dos Direitos Civis para os negros norte-americanos e influenciou gerações de negros no mundo inteiro.
A atitude solitária de Rosa Parks, ao ser acolhida por Martin Luther King, nunca mais foi uma atitude solitária e ela acabou reconhecida como a mãe dos Direitos Civis norte-americanos.
Em 1966 o governo dos Estados Unidos a premiou com a Medalha Presidencial Pela Liberdade.
Em 1999, o Congresso outorgou a ela a Medalha de Ouro, a mais alta honraria civil, prêmio que recebeu das mãos do então presidente Bill Clinton.
Em novembro de 2000 foi inaugurado, em Montgomery, o Museu Rosa Parks, onde os visitantes podem assistir a filmes que contam como era a vida dos negros na época da segregação racial.
Recentemente o presidente norte-americano Barack Obama citou a costureira como uma mulher que ajudou a mudar os Estados Unidos.
Rosa morreu em Detroit, em 2005, aos 92 anos, de causas naturais.
Leia Também:
Em 1 de dezembro de 1955, a americana Rosa Parks venceu o racismo e entrou para a história
Livro traz história real de mulher negra que não cede lugar para branco
Rosa Parks vai ser a primeira afro-americana com estátua no congresso dos EUA
Rosa Parks “Melhor andar com dignidade que rodar na humilhação”
Bens pessoais da activista negra Rosa Parks vão ser leiloados