Homem chama vendedora de acarajé de “negrinha” e vai preso na Bahia

O dono de uma barraca de praia em Salvador, Ângelo Raphael Lancellotti Neto, foi preso anteontem na capital baiana por suspeita de injúria racial e lesão corporal contra uma vendedora de acarajé.

Em depoimento à polícia, Marilene Pereira dos Santos afirmou que o empresário a chamou de “negrinha”, jogou seu celular na areia e a empurrou. Ela passou por exame de corpo de delito.

Neto, que continua preso, nega os crimes. Segundo ele, a discussão começou porque ele ficou incomodado com a sujeira de acarajés e abarás nas mesas da barraca. “O meu pessoal que trabalha junto comigo há 18 anos é negro e pardo. O problema do preconceito é que eu sou paulista, com muito orgulho, graças a Deus”, afirmou em entrevista a uma emissora local.

Como o crime de racismo é inafiançável, o empresário ficará preso até decisão judicial sobre o caso.De acordo com o artigo 140 do Código Penal, “se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência”, a pena varia entre um e três anos de prisão e multa.

O caso está sendo investigado pelo delegado Jorge Brás Coutinho, da 12ª Delegacia de Polícia (Itapuã).

Fonte: Folha de São Paulo

+ sobre o tema

Dissecando a Operação Vingança

A política de olho por olho, dente por dente...

Adaptação às mudanças climáticas para população negra 

A agenda de adaptação às mudanças climáticas ficou em...

Ação da ApexBrasil faz crescer número de empresas lideradas por mulheres nas exportações

Para promover mudança é preciso ação, compromisso e exemplo....

Começa hoje pagamento de R$ 200 da primeira parcela do Pé-de-Meia

A primeira parcela do programa Pé-de-Meia, no valor de...

para lembrar

Carta de repúdio ao racismo praticado na formatura de História e Geografia da PUC

Durante a tradicional cerimônia de formatura da PUC, onde...

PARANÁ: Caso de racismo leva treinador a pedir demissão no estadual

  O treinador Agenor Picinin pediu demissão do...

‘Prefiro que a loira me atenda’, diz cliente a atendente negra em restaurante

Após ser atendida pela funcionária branca e de cabelos...
spot_imgspot_img

Quanto custa a dignidade humana de vítimas em casos de racismo?

Quanto custa a dignidade de uma pessoa? E se essa pessoa for uma mulher jovem? E se for uma mulher idosa com 85 anos...

Unicamp abre grupo de trabalho para criar serviço de acolher e tratar sobre denúncias de racismo

A Unicamp abriu um grupo de trabalho que será responsável por criar um serviço para acolher e fazer tratativas institucionais sobre denúncias de racismo. A equipe...

Peraí, meu rei! Antirracismo também tem limite.

Vídeos de um comediante branco que fortalecem o desvalor humano e o achincalhamento da dignidade de pessoas historicamente discriminadas, violentadas e mortas, foram suspensos...
-+=