Influência na prática: Roger Cipó auxilia moradores a regularizar título de eleitor, na periferia de São Paulo

4 de maio é o encerramento do prazo para a emissão da primeira via, transferência ou regularização do documento

Roger Cipó auxilia moradores a regularizar título de eleitor.

Faltam poucos dias para o encerramento do prazo para a emissão da primeira via, transferência ou regularização do título de eleitor, mas com aquela tradicional mania de deixar tudo para a última hora, muitos brasileiros ainda não estão em dia com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

E, pensando nisso, o comunicador, escritor, fotógrafo e influenciador, Roger Cipó, 30, resolveu auxiliar a população periférica de Diadema, comunidade situada na Zona Sul, em São Paulo, neste ato imprescindível de cidadania, principalmente, frente a este ano eleitoral.

Roger Cipó auxilia moradores a regularizar título de eleitor

Embora o voto seja peça-chave para a garantia dos direitos da sociedade, além de contribuir com um mundo mais democrático, igualitário e justo para todos, é alarmante o número de títulos cancelados atualmente no Brasil, por exemplo.

“O que motivou essa ação é saber que estamos falando de um país com milhões de jovens acima de 16 anos que ainda não tiraram o título de eleitor. E ao olharmos para as periferias, vemos onde está o maior número dessas pessoas, sendo a maioria – negras – o que tem relação com o processo de desinformação da nossa população.

A negligência do próprio estado e dos órgãos públicos competentes que não promovem cidadania e acesso à informação”, ressaltou Cipó.

Roger Cipó auxilia moradores a regularizar título de eleitor
Foto: Divulgação

Segundo o TSE, a média de jovens entre 16 e 17 anos que já possuem o título de eleitor para participação no pleito deste ano é a menor da história. Até janeiro, 730.693 adolescentes estavam aptos ao voto. Comparando às eleições de 2020, houve queda de 26%, já que 992.513 puderam votar naquele ano. Já em relação às eleições gerais de 2018, 1.400.613 estavam autorizados a ir às urnas, ou seja, a queda é ainda maior, de 47%.

Para Cipó, além de votar, é fundamental que a população saiba a responsabilidade social que cada voto tem para a modificação das esferas no cotidiano. “O que me motiva é entender o meu papel como agente público de transformação e influenciador que sou. É, de fato, o poder de influenciar na prática. Por isso estou por aqui em Diadema, onde nasci e cresci, e ficarei durante todo esse período ajudando às pessoas para a regularização do título de eleitor ou esclarecendo quaisquer dúvidas que tiverem”, afirmou.

De acordo com Cipó, o intuito é tornar efetiva essa influência de não só regularizar o documento, como conversar com a população sobre a importância e a forma de votar, já que todas as violências que recaem sobre a sociedade, sobretudo, sob os espaços e territórios periféricos, são projetos políticos, racistas e discriminatórios. “Participar da vida política a partir do voto é um exercício de cidadania, mas quando olhamos para a muitos dos lugares os quais há essa defasagem, observamos que o público vem da comunidade. Nós, que mais deveríamos ser contemplados pelas políticas públicas, além de não sermos contemplados, temos o nosso direito de fazer parte dessa disputa e dessas decisões, totalmente negado”, frisou.

Merece dizer que o primeiro turno das eleições 2022 será em 2 de outubro e os brasileiros terão a missão de ir às urnas para escolher Presidente da República, governadores, senadores e deputados federais, estaduais e distritais. O eventual segundo turno para presidente e governador deverá acontecer no dia 30 do mesmo mês. Já os eleitos serão diplomados até o dia 19 de dezembro deste ano, de acordo com a Constituição Federal.

Porta-voz através dessa mobilização, Cipó destaca. “A minha expectativa é colaborar com a minha comunidade dando informação através dessas ferramentas que eu tenho mesmo de aproximar e utilizar disso para garantir que o máximo de pessoas consiga regularizar os seus documentos e, assim, votar. E votar bem. Com consciência. A forma do voto nesse lugar mesmo de participação socialmente falando”, concluiu.

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