Instituto Ethos abandona o Senado depois da votação que salvou Aécio

Não. Não é o Sensacionalista que você está lendo. De acordo com o diretor do instituto, “não há sentido em fazer parte de um Conselho de Transparência quando não há transparência no próprio Senado”

Do  Portal Fórum

O Instituto Ethos, uma organização da sociedade civil dedicada a fomentar negócios socialmente responsáveis, decidiu abandonar o Conselho de Transparência do Senado após a votação da casa nesta terça (17) que derrubou medidas cautelares contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG).

Denunciado sob acusação de obstrução de Justiça e corrupção passiva, Aécio estava afastado das atividades parlamentares e proibido de deixar sua residência à noite desde o fim de setembro, por deliberação do STF Supremo Tribunal Federal.

Os senadores, no entanto, revogaram as medidas por 44 votos a 26.

Para o Instituto Ethos, a decisão foi mais uma prova de que “a integridade do Senado está em questão”.

A renúncia ao posto no Conselho de Transparência foi anunciada em carta endereçada ao presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB).

“O Senado Federal deveria ser um exemplo e já teve inúmeras oportunidades para demonstrar sua responsabilidade com um Brasil mais íntegro e justo, porém, até agora, fracassou. Os necessários e urgentes processos de investigação, com a justa punição das autoridades da República, são a demanda maior da sociedade brasileira. E, novamente, o Senado Federal não atende às exigências da sociedade que representa”, diz o documento.

O diretor-presidente do Ethos, Caio Magri, disse à Folha que a decisão a respeito de Aécio selou o fim de um processo já bastante desgastado.

“Com a revogação das medidas contra Aécio, o Senado abriu mão de tomar decisões exigidas pela sociedade. Chegamos então ao limite. Não há sentido em fazer parte de um Conselho de Transparência quando não há transparência no próprio Senado”, diz Magri.

Criado em fevereiro de 2013, o conselho é composto por outras duas organizações da sociedade civil: a Transparência Brasil e a Associação Brasileira de Imprensa.

Magri diz que, embora meritória, a ideia que guiou a criação do conselho nunca chegou a ser efetivada de fato.

“Foi uma tentativa legítima de melhorar a relação do Senado com a sociedade. Com o tempo, porém, o conselho foi se tornando irrelevante. Não existe um mecanismo para implantar o que é decidido ali. Além disso, deveria haver uma representação maior da sociedade em sua composição.”

Esse impasse, avalia, se reflete em todas as esferas do governo.

“Temos um evidente descolamento dos políticos em geral com a população, um vácuo de representação muito sério para o cenário atual.”

*Com informações da Folha

Foto: Instituto Ethos

+ sobre o tema

Bispo Edir Macedo: “Dilma é vítima de mentiras espalhadas na internet”

Por José Orenstein   SÃO PAULO – O...

Pacto sinistro

A sociedade brasileira atravessa turbulências originais. Depois do deslocamento...

A luta de uma escritora da Islândia para que não haja mais tragédias como a do bebê sírio. Por Paulo Nogueira

E então penso comigo. Tanta gente desinspiradora tem ocupado meus...

Mercadante telefona para Alckmin e reconhece derrota em SP

Por: Dennis Barbosa Candidato do PT agradeceu votos recebidos...

para lembrar

‘Meu sentimento é de indignação’, afirma Lula em nota

'Veja' afirmou que Lula pressionou ministro do STF para...

Obama: Falou o comandante em chefe

Foi acima de tudo um discurso do "comandante em...

Youth Blast – Conferência de jovens para o Rio + 20.

Foi aberta oficialmente nesta Quinta-feira, 07 de junho...

Curso de gestão sobre gênero e raça

Curso de Gestão de Políticas Públicas em Gênero e...

Fim da saída temporária apenas favorece facções

Relatado por Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o Senado Federal aprovou projeto de lei que põe fim à saída temporária de presos em datas comemorativas. O líder do governo na Casa, Jaques Wagner (PT-BA),...

Morre o político Luiz Alberto, sem ver o PT priorizar o combate ao racismo

Morreu na manhã desta quarta (13) o ex-deputado federal Luiz Alberto (PT-BA), 70. Ele teve um infarto. Passou mal na madrugada e chegou a ser...

Equidade só na rampa

Quando o secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, perguntou "quem indica o procurador-geral da República? (...) O povo, através do seu...
-+=