“I woke up like this! We flawless, ladies, tell ‘em”
“Eu acordei assim! Somos maravilhosas, garotas, falem pra eles”
A música Flawless², conhecida na voz de Beyoncé em parceria com a escritora Chimamanda Ngozi Adichie, a cantora, artista e compositora deixa visível a interferência da autoestima e protagonismo como ferramenta de impacto na estrutura.
Nos dias de hoje, no mundo do agora, é essencial integrar imagens caracterizadoras de um passado recente ao futuro que cada vez evolui mais como um digital. O mundo on-line mistura-se com o off-line. Robôs e seres humanos. Isso é o que alguns chamam de: afrofuturismo.
Com inteligência tecnológica, o afrofuturismo busca nesse novo, e único momento histórico, uma aproximação visando um compartilhamento de ideias, projetos, propostas e mais. O que contradiz os modelos de gestão capitalista, tal qual o de Henry Ford, que enfatizava a limitação da capacidade de produção humana. A relevância do protagonismo negro no processo de criação, contraria teorias estruturais que colocam pessoas negras como “incapazes” de criar e se apropriar de seu conhecimento.
Um dos grandes desafios observados durante minha trajetória, está centrado na complexa perspectiva de implementar tais produtos inovadores na realidade do mercado presente-futuro. Em um cenário higienizado, se destacam barreiras na expansão da capacidade criativa através de tecnologias como hardware, software e sociais.
Se faz cada vez mais necessário projetos que emergem das ideias de potencializar o espaço criativo-digital de pessoas negras no Brasil e no mundo. Precisamos continuar articulando o cyberquilombo.
Beyoncé, Nicki Minaj, Megan The Stalioon, Cardi B, Rihanna, são exemplos de mulheres negras que expandem cada vez mais a capacidade criativa e de protagonismo para esse futuro.
Autoestima, mercado e tecnologia são intersecções capazes de provocar faíscas revolucionárias e inovadoras. A revolução potencializada pela autoestima, direciona presentes e futuros desejados e ideais. Nas palavras de Schwab, diretor executivo do Fórum Econômico Mundial e um dos principais entusiastas da “revolução”:
“A quarta revolução industrial não é definida por um conjunto de tecnologias emergentes em si mesmas, mas a transição em direção a novos sistemas que foram construídos sobre a infraestrutura da revolução digital (anterior)”.
O projeto qual sou fundadora, o LAB the Creator, remete a revolução a um olhar crítico, conforme pode se verificar na representação a seguir:

Junto ao mundo nunca tão hiperconectado e acelerado no qual estamos agora, evolui junto de uma necessidade de adaptação do que somos e o que queremos no universo das infinitas tecnologias cada vez mais rápidas. E principalmente, a reflexão de para onde estamos levando as tecnologias cada vez mais rápidas.
Inovação é criatividade. É o que conecta o passado-presente-futuro. É a mudança. É a revolução criativa que o LAB the Creator propõe.
² Música composta por Raymond Deandre Martin, Rashad Muhammad, Chauncey Alexander Hollis, Terius Nash e Beyonce Knowles.
Referência
O empresário criativo digital. Disponíevl em: https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/o-empresario-criativo-digital,45a93879d46c7410VgnVCM2000003c74010aRCRD. Acesso em 26 mar. 2021.