Itália: Documentário angolano em destaque no festival de cinema de Florençe

Florence – A obra cinematográfica angolana “Hereros de Angola”, produzida por Sérgio Guerra, foi apresentada, domingo, durante o Festival de cinema de Florence, designado por “Kibaka Florence Festival de Cinema Africano”, que decorreu de 17 a 19 do corrente mês.

“Hereros de Angola”, que esteve em destaque no segundo dia do festival, promovido pela Associação Angolana Njinga Mbande na cidade italiana de Florence, é um documentário angolano que retrata a cultura milenar deste grupo étnico angolano de origem Bantu.

No mesmo dia de Angola foram igualmente exibidos o filme “Damaru”, de Agbor Obed, e “O Espinho da Rosa, de Filipe Henrique.

Durante o certame foram apresentados um total de oito títulos, todos relacionados com o continente berço.

A abertura do festival, antecedido de uma palestra, foi marcada com a apresentação do filme “Mandela: Long Walk to Freedom (Mandela: Longa jornada para a liberdade), do realizador Justin Chadwick.

Os filmes “África United”, de Debora Debs, “Barsaq”, de Daniele Piras e Carlos Cheng, “Apres L’Ocean”, de Eliane Delator, estiveram em destaque na sessão de encerramento deste festival que decorreu na sala de cinema espaço Alfieri.

Ao intervir na palestra, que antecedeu as sessões cinematográficas, o director da Associação Angolana Njinga Mbande, Matias Mesquita, explicou que a ideia era dar a conhecer a nova África que as “clichés” criadas no Ocidente tentam escamotear.

“Foram seleccionados obras de autores africanos e da diáspora, com destaque para as da nova geração de cineastas africanos por forma a evidenciar as mudanças em curso no nosso continente que é  afectado por estereótipos pré-definidos e irreais”, salientou Matias Mesquita.

Afirmou ter-se pretendido apresentar as potencialidades africanas, através da sua criação e beleza artística, sua cultura e criatividade cultural, ao mesmo que se procurou vincar a capacidade dos africanos de resolver alguns problemas sociais nas áreas de habitação, educação e dos direitos humanos.

Matias Mesquita deu a conhecer que a primeira edição do festival, iniciado em 2011, foi de iniciativa de um grupo de estudantes angolanos em Florençe que mantinha a convicção de que a cultura era a melhor ferramenta para se compreender e aceitar outros povos, bem como para combater o racismo.

Salientou que estando a Associação Njinga Mbande dedicada à orientação cultural dos estudantes estrangeiros na Universidade de Florençe procuraram dar seguimento a esta iniciativa.

Explicou que o termo Kibaka é uma expressão de origem Bantu para exprimir a ideia de uma cadeira que é usada tanto para o descanso como para a escuta e aprendizagem das tradições orais.

O ciclo de cinema foi realizado em simultâneo com a exposição fotográfica denominada “Mulheres africanas em trabalho”.

Fonte: Portal Angop

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