‘Já sofri e continuo sofrendo com racismo’, destaca Abel Neto

Em campanha contra o racismo da Uber em parceria com a ONG Plan International Brasil, Jornalista esportivo da Globo alerta sobre o racismo e faz relatos pessoais

Do Terra

Reprodução/Youtube

Em campanha contra o racismo no Carnaval, o repórter e apresentador do jornalismo esportivo da Globo, Abel Neto, conta sobre o preconceito que sofre, demonstrou sua indignação com a falta de negros em posições de destaque na sociedade, dentre outras questões relacionadas ao preconceito racial. O tema foi tratado em um vídeo, parte da campanha da Uber em parceria com a ONG Plan International Brasil contra o racismo, com o objetivo de alertar os foliões e evitar casos de racismo no período de Carnaval.

― Em um país em que mais de 50% da população se declara negra ou parda, o que me incomoda muito é entrar em um hospital e não ver um médico negro. Isso também ocorre nas grandes empresas, na televisão, em um agência de publicidade ou em um escritório de advocacia. Eu não vejo essa representação e gostaria que isso um dia acabasse, que o negro em uma posição de destaque fosse uma exceção ― afirma Abel

Na ação, o jornalista da Globo também fala sobre a discriminação que sofre quando está trabalhando durante os jogos de futebol pelo Brasil.

― Como todos os negros neste país, eu já passei, já sofri e continuo sofrendo com racismo e discriminação. Em estádios, por exemplo, nós somos xingados ― diz.

Abel fala da hipersexualização da mulher negra e frisa que deve haver respeito. Para ele, coisas que antes passava despercebido e muitas vezes é visto como algo normal pela grande maioria da população, hoje o incomodam. O exemplo dado pelo repórter foi a marchinha “O teu cabelo não nega”, do compositor Lamartine Babo.

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