Jovens consideram problema da juventude africana comum aos demais países do continente

 

 

Luanda – Os problemas enfrentados actualmente pela juventude africana é comum aos jovens dos demais países do continente africano, segundo opinião de jovens participantes na recém terminada Cimeira dos Chefes de Estados e de Governos da União Africana.

Para o jovem empreendedor são-tomense, Dinca Amorim dos Santos, o acesso as instituições de ensino universitário é o principal problema da juventude do seu país, que , em sua opinião, também o é dos demais países de África.

“Muitos quando terminam o seu ensino secundário não têm muitas oportunidades para frequentar o ensino superior no próprio país ou mesmo no exterior”, disse, acrescentando que actualmente São Tomé tem uma Universidade privada que é muito cara e nem todos os jovens têm capacidade financeira para pagar.

Segundo referiu, o seu país regista também uma taxa de desemprego bastante alta, num país com uma população a volta de 200 mil habitantes e em que quase 70 porcento da população é jovem.

Uma outra questão que preocupa também a juventude são-tomense , de acordo com Dinca Amorim, é a infecção por HIV/SIDA que atingiu uma taxa de 1, 5 porcento, considerada elevada para um país de 200 mil habitantes.

Por isso, disse, é que nós os jovens defendemos uma política nacional para a juventude (o que falta em São Tomé), e que sejam alocadas mais verbas para os projectos juvenis , porque o sector da juventude é o que menos recebe dinheiro do Orçamento Geral do Estado.

Já a estudante universitária Trinidad Botey, da Guiné- Equatorial, espera que após a Cimeira os Estados africanos passem a olhar mais para os jovens, criando cada vez mais instituições de ensino universitário de qualidade e programas juvenis para a melhoria da sua capacidade.

“Gostaríamos de ter também cá, na Guiné-Equatorial, universidades com qualidade comparada a de outros países da Europa ou da América”, desabafou, referindo que muitos jovens, os que têm possibilidade, vão ao estrangeiro adquirir conhecimentos, o que não seria necessário se o país tivesse.

“A juventude equato-guinense tem muitas necessidades e a falta de emprego junta-se a este leque, assim como o acesso as tecnologias de informação “, acrescentou.

O país precisa de quadros em todas as áreas do saber, daí a necessidade dos Estados apoiarem cada vez mais a camada juvenil porque os jovens são a força motora de desenvolvimento de um país, concluiu.

Os Chefes de Estados e de Governo garantiram no final na sua 17ª Cimeira, que decorreu de 30 de Junho a 1 de Julho, em Malabo, Guiné Equatorial, o total apoio da União Africana à juventude africana, com vista a serem de facto substitutos capazes de suceder os líderes africanos e dar continuidade à luta no continente.

 

 

Fonte: Angola Press

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