Jovens de Palmas fazem ‘pipaço’ contra a redução da maioridade penal

Ato foi realizado neste sábado (18), na praça dos Girassóis.

Pot Jesana de Jesus Do G1maio
Eles também protestaram contra a condenação de dois militantes do estado.

Dezenas de jovens se reuniram na tarde deste sábado (18), na praça dos Girassóis em Palmas, para protestar contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos. Para fazer o manifesto, eles soltaram cerca de 30 pipas, que representam a infância e se tornaram o símbolo de enfrentamento à redução da maioridade.

O manifesto é realizado no mês em que se comemora os 25 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente. Depois do “pipaço”, os jovens fizeram uma intervenção em frente ao Tribunal de Justiça do Tocantins. Segundo o representante do Conselho Nacional dos Direitos Humanos, Cristian Ribas, um estudante do curso de teatro da Universidade Federal do Tocantins (UFT) desenhou, com giz, um boneco pericial.

O desenho foi o mesmo feito em 2013 em frente a Assembleia Legislativa e que culminou na condenação de Ribas e Thiago Cabral. Na época, eles fizeram a interverção para denunciar o genocídio étnico-racial de jovens negros no Brasil e no Tocantins. Por causa da pichação, foram condenados, na última terça-feira (14), a três meses de prisão e ao pagamento de multa por crime ambiental. A pena de detenção foi substituida por prestação de serviços à comunidade.

Ribas disse que o desenho foi reproduzido para protestar contra a condenação e também pedir a aprovação da PL 4471/2012 que prevê o fim do ‘auto de resistência’, praticado por policiais. “A nossa principal reivindicação é a redução da violência contra a juventude negra. O índice no Tocantins é maior do que o nacional. Além disso, protestamos contra a nossa condenção, que foi uma forma de criminalização dos movimentos sociais”.

+ sobre o tema

O pardo e o mal-estar do racismo brasileiro

Toda e qualquer tentativa de simplificar o racismo é um tiro...

Quem ganha ao separar pessoas pretas e pardas?

Na África do Sul, o regime do apartheid criou a...

Justiça manda soltar PM que matou marceneiro negro com tiro na cabeça na Zona Sul de SP

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu nesta quarta-feira...

Promotor é investigado por falar em júri que réu negro merecia “chibatadas”

Um promotor de Justiça do Rio Grande do Sul é...

para lembrar

O pardo e o mal-estar do racismo brasileiro

Toda e qualquer tentativa de simplificar o racismo é um tiro...

Quem ganha ao separar pessoas pretas e pardas?

Na África do Sul, o regime do apartheid criou a...

Justiça manda soltar PM que matou marceneiro negro com tiro na cabeça na Zona Sul de SP

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu nesta quarta-feira...

Promotor é investigado por falar em júri que réu negro merecia “chibatadas”

Um promotor de Justiça do Rio Grande do Sul é...
spot_imgspot_img

O pardo e o mal-estar do racismo brasileiro

Toda e qualquer tentativa de simplificar o racismo é um tiro no pé. Ou melhor: é uma carga redobrada de combustível para fazer a máquina do racismo funcionar....

Quem ganha ao separar pessoas pretas e pardas?

Na África do Sul, o regime do apartheid criou a categoria racial coloured, mestiços que não eram nem brancos nem negros. Na prática, não tinham...

Justiça manda soltar PM que matou marceneiro negro com tiro na cabeça na Zona Sul de SP

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu nesta quarta-feira (27) habeas corpus ao policial militar Fábio Anderson Pereira de Almeida, réu por assassinato de Guilherme Dias...