Juventude de terreiros do AP busca ferramentas de comunicação para alcançar sociedade

Este domingo (8) foi dia de estudo para um grupo de jovens das religiões do candomblé e umbanda e Macapá. Eles querem pautar questões sociais do segmento para que a população conheça e respeite os dogmas.

Por Rita Torrinha, do G1

Juventude de terreiros do AP buscam ferramentas de comunicação para alcançar sociedade (Foto: Rita Torrinha)

Um grupo de jovens das religiões Candomblé e Umbanda de Macapá participam neste domingo (8) de uma oficina sobre comunicação popular. Ministrada por um representante da Rede de Comunicadores da Amazônia, o objetivo é encontrar ferramentas de combate à intolerância religiosa, através do conhecimento.

Cerca de 30 jovens integram o grupo, e a ideia é fazer com que esse número aumente, explicou o filho de santo Alessandro Brandão.

“É uma alternativa para propagar o combate ao racismo, à intolerância religiosa, sendo nós mesmos os comunicadores. Estudamos leis, estatuto da igualdade social e tudo que possa fortalecer nossa cultura. Esperamos que mais jovens busquem também conhecer e desenvolver mais nossa religião”, explicou.

Segundo o palestrante João Ataíde, a rede ajuda comunidades a usarem a criatividade para alcançar a população, pautando questões sociais e resgatando histórias de luta dos movimentos.

“Nosso objetivo é que eles mesmos identificaram ações que possam ser desenvolvidas pelos terreiros, para promover a comunicação interna e o diálogo com a sociedade, como rádios comunitárias, jornais informativos, fanpages e blogs, além de atividades artísticas e culturais”, ressaltou Ataíde.

A também filha de santo Camila Lopes, de 28 anos, participa da oficina e reconhece como importante para o segmento.

“Combater a intolerância religiosa é o papel de qualquer meio de comunicação, de qualquer equipamento que possa surgir para nos ajudar. Queremos de fato que as pessoas nos respeitem. Não entende? não conhece? Então vamos fazer a população entender e nos respeitar, para que todos possamos viver em paz”, pontuou.

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