Laboratório de Goiânia se recusa a realizar exame em professor com rastafári.
Segundo Pedro Barbosa, clínica se recusou a utilizar seu cabelo em exame toxicológico para renovação da CNH de categoria profissional.

Por Matheus Monteiro Do jornal Opção
Laboratório de Goiânia se recusa a realizar exame em professor com rastafári
O professor de Ciências Sociais na Universidade Ferdal de Goiás (UFG) Pedro Barbosa denunciou ao Ministério Público de Goiás (MP-GO) que sofreu preconceito ao tentar realizar exame toxicológico em um laboratório de Goiânia.
Como sua carteira nacional de habilitação (CNH) é da categoria D, ele tem que realizar exame toxicológico, que alerta para o uso de drogas. Em entrevista ao Jornal Opção, Pedro disse que sua habilitação é de Minas Gerais, onde ele realizou a primeira tentativa para o exame.
“Estava de férias em Uberlândia e, ao fazer o teste, avisei que meu cabelo é natural. No dia de entrega do resultado, me ligaram para avisar que eu teria que repetir o exame por ter cabelo sintético, o que não é verdade”, disse o professor.
Já em Goiânia, onde reside e trabalha, Pedro foi orientado a procurar a mesma rede de laboratórios onde tinha realizado o primeiro teste para repetir a coleta. “Fui na última segunda-feira (21/8) e logo me disseram que a coleta não podia ser feita”, afirmou.
“Procurei então pela médica do laboratório que afirmou que não tinha autorização para fazer coleta em cabelo rastafári”, acrescentou. Segundo ele, a profissional não deu justificativa para o impedimento.
Incomodado, então, Pedro prestou queixa ao Ministério Público alegando preconceito. Segundo ele, uma investigação foi aberta, solicitando justificativa do laboratório, que tem sede em São Paulo, mas até o momento nenhuma resposta foi dada.
O Jornal Opção tentou contato com o laboratório acusado, mas, por conta do horário de funcionamento, não obtivemos resposta.