Largo do Machado: Manifestações livres sobre qualquer assunto

Por Leno F. Silva

Sábado à noite,
Largo do Machado, um dos pontos de encontro da boemia carioca. Enquanto descia
do ônibus, ouvia uma canção popular que se mantém viva em minha memória, mas
não prestei muita atenção.

A pressa em fazer o check-in no hotel era maior, e o
despencar de algumas gotas de chuva me fizeram quase desistir de comer na rua.
Mas como seria a única chance de andar pelas redondezas daquele pedaço da
cidade maravilhosa, visto que no domingo voltaria para Sampa logo depois do
almoço, resolvi arriscar uma caminhada.

Ao me aproximar do
largo, avistei uma multidão cantarolando “O mestre-sala dos mares”, com a inconfundível
voz e a divina interpretação de João Bosco. Sim, ele e a sua banda estavam ali,
pertinho de mim, cantando as músicas que a maioria sabia de cor.

Descontraída, a plateia
diversa e misturada, aplaudia calorosamente ao final de cada acorde. Ouvi as
quatro últimas apresentações e não esperei pelo bis. A fome falou mais alto e
preferi cair de boca num caldinho de feijão, acompanhado de bolinho de bacalhau
e uma dose precisa de cachaça Seleta. O trio me acomodou muito e dormi feliz.
Enquanto o sono não vinha, cantarolei um pouco de “O Bêbado e o equilibrista”,
e agradeci por ter vencido a preguiça e saído para ouvir, “de grátis”, o João
Bosco.

Coisas de Rio de
Janeiro, uma cidade que ainda não tive a chance de percorrer com a devida
atenção, mas que, neste final de semana, durante a Convenção Nacional dos
Artistas praticantes do Budismo Nitiren Daishonin, acolheu a todos com muita
generosidade, em um evento inesquecível, que proporcionou distintas oportunidades
de transformações nas vidas de cada uma das pessoas que lá estiveram. Banzai! Por
aqui, fico. Até a próxima.

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