Lázaro Ramos definitivamente gostou da série Mister Brau, que acabou nesta terça-feira, dia 12, e não deve mais voltar ao ar com novas temporadas. Sobre a série, Lázaro foi só elogios.
por João Almeida no O TV Foco
“Foi importante, em primeiro lugar, por trazer uma família que não estava na TV brasileira. Uma família de origem humilde que venceu através do seu trabalho, e que celebrava a vida. Isso é muito diferente de alguns personagens que são de estratos populares e a gente ri deles. Brau e Michele, ao contrário, as pessoas queriam ser eles, o que é uma diferença fundamental. Isso faltava na televisão e Brau preencheu com maestria”.
“Além de levar humor e de falar de temas relevantes, como racismo, feminismo, novos formatos de família, adoção, entre tantos outros, o público se apropriou da série”, afirmou Lázaro ao Uol.
Sobre o final da série, gravado na África, Lázaro diz: “Esse último episódio termina do jeito que a gente queria, falando de orgulho da nossa origem, de orgulho desse projeto que a gente fez. Foi uma grande vitória ter conseguido, no fim da série, ter ido a Luanda, para gravar um programa que bebeu tanto dessa musicalidade, do vestuário, de conceitos”.
E concluiu: “Só tenho coisas lindas a falar do Brau. Sou muito orgulhoso. É um dos projetos mais importantes da minha vida. Quando você tem parcerias honestas e corajosas, o resultado é esse”.
Em depoimento em sua página do Facebook, o autor da série, Jorge Furtado observou: “O fato de termos na televisão aberta brasileira uma história com personagens negros de sucesso, ricos, inteligentes, poderosos, honestos e criativos, vivendo do seu talento e sua arte, com uma família, sempre nos pareceu mais importante do que aquilo que dizíamos”.
E acrescentou: “O Brasil é um país racista, e como não seria com quase quatro séculos de escravidão nunca inteiramente abolida? O Brasil é um país racista, e como não seria com quase quatro séculos de escravidão nunca inteiramente abolida? O racismo não é um problema dos negros, é um problema do Brasil. Que precisa ser combatido de todas as formas possíveis”.