Léa Garcia

Nascida no Rio de Janeiro, em 11 de março de 1933, Léa Lucas Garcia de Aguiar, conhecida apenas como Léa Garcia, foi criada pela avó materna desde os 11 anos de idade, após o falecimento da mãe. Como a avó trabalhava para uma rica e tradicional família carioca, Léa pôde estudar nos melhores colégios da cidade. Aos 16 anos, conheceu o Teatro Experimental do Negro.

Para assistir aos espetáculos teatrais, a jovem passou a negligenciar os estudos, o que lhe rendeu uma surra pública dada por seu próprio pai. Com isso, Léa fugiu de casa e passou a viver com Abdias Nascimento, fundador do Teatro, com quem teve dois filhos e adquiriu um espírito militante contra a discriminação racial e de gênero, característica que marcou sua trajetória artística.

Em 1952, estreou como atriz na peça “Rapsódia Negra”, o primeiro de dezenas de trabalhos nos palcos. O cinema surgiu na vida de Léa quase que simultaneamente ao teatro. Em 1959, estreou na telona no aclamado “Orfeu Negro”, filme que ganhou o Oscar de melhor obra estrangeira no ano seguinte, e lhe deu a segunda colocação no Festival de Cinema de Cannes. Foi a única brasileira escolhida pelo Guilford College dos Estados Unidos como uma das dez mulheres do século XX que mais contribuíram para a luta dos direitos humanos e civis.

 

 

Fonte: Palmares

+ sobre o tema

para lembrar

Mais de 70% das trabalhadoras domésticas brasileiras não têm carteira assinada

BRASÍLIA – Mais de 70% das trabalhadoras domésticas brasileiras...

O mês das mulheres negras latino americanas e caribenhas

O mês em que é comemorado o Dia Internacional...

Luislinda, a Iansã de toga – Por: Fernanda Pompeu

A cena poderia ter saído da cabeça de um...
spot_imgspot_img

Ex-policiais britânicos são condenados por mensagens racistas sobre Meghan e membros da realeza

Seis ex-policiais de Londres foram condenados nesta quinta-feira (7) a penas de prisão, suspensas, por compartilharem mensagens ofensivas e racistas no WhatsApp, incluindo com...

Sem horizonte para ter uma mulher negra como ministra no STF

Esta semana, voltou à tona, com toda força, o debate sobre a ausência de indicação de uma ministra negra no STF (Supremo Tribunal Federal). O anúncio...

O preço de pegar a contramão da história

O Brasil não é um país de iguais. Aqui tem pacto da branquitude, privilégio branco, colorismo, racismo, machismo e meritocracia aplicada de maneira assimétrica. Tudo...
-+=