Legalização da maconha: a questão do racismo

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Um novo relatório da ACLU entitulado “A Guerra Contra a Maconha em Preto e Branco” expõe as desigualdades ultrajantes na aplicação das leis americanas que criminalizam a posse de maconha. Os dois gráficos abaixo demonstram a situação.

A ACLU não chega ao ponto de exigir igualdade racial para as prisões por posse de maconha. A associação verifica o “chocante viés racial” e o fato de que bilhões de dólares são desperdiçados para reduzir o uso de maconha, e conclui que a guerra contra a maconha fracassou.

 Setecentas e cinquenta mil pessoas são presas nos EUA por posse todo ano, e o fato de que negros são presos quatro vezes mais que brancos embora consumam em média a mesma quantidade poderia ser encarado como uma maneira sutil de suprimir o voto negro, uma vez que 48 estados americanos limitam os direitos eleitorais de criminosos condenados. Este é um bom argumento para os defensores da legalização, e pode até mesmo ser capaz de transpor as objeções morais dos proibicionistas.

A mudança estratégica do movimento pró-legalização na direção do racismo do sistema de justiça criminal dos EUA é enternecedora. O racismo institucionalizado é a maior perversão dos Estados Unidos e permanece entranhado na vida cotidiana americana, mas sua presença tornou-se imperceptível para a maioria das pessoas. Se a perspectiva de um dia poder fumar um baseado impunemente é o que é necessário para fazer com que universitários se choquem com o fato de que a guerra contra as drogas acabou se tornando a segunda encarnação das leis segregacionistas, então que seja. Pessoas doentes não se importam com as razões que fizeram as pessoas quererem ajudá-las a legalizar a maconha medicinal. Aqueles que foram presos injustamente não se importarão com as razões por trás de sua libertação.

Fonte: Opiniao e noticia

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