Autor Julio Claudio da Silva fez tarde de autógrafos no Dia da Consciência Negra
No Dia da Consciência Negra, o autor Julio Claudio da Silva fez uma tarde de autógrafos do livro “Uma Estrela Negra no Teatro Brasileiro: Relações Raciais e de Gênero nas Memórias de Ruth de Souza”, no Museu Afro Brasil, em São Paulo. O lançamento aconteceu dentro da programação do Museu, ligado à Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, que incluiu atrações como exposições, oficinas culinárias, contação de histórias e apresentação de grupos de dança.
A atriz, que mora no Rio de Janeiro, não pode comparecer, mas amigas pessoais de Ruth como Ana Elisa Pereira e Wilma Pereira prestigiaram o evento.
O autor Julio falou um pouco sobre sua pesquisa para o livro, publicado pela UEA Edições, e sobre a importância de Ruth de Souza para movimento negro e o cenário artístico nacional: “Nesta data [20 de novembro] não há como dissociar toda a história de Ruth de Souza das questões raciais e de gênero: uma grande atriz negra e mulher. Por tudo isso, o livro é também uma homenagem a essa notável artista brasileira”.
“Não há como dissociar toda a história de Ruth de Souza das questões raciais e de gênero”
Ícone da dramaturgia
Com 94 anos e mais de 70 anos de carreira, a carioca Ruth Pinto de Souza iniciou a carreira nos palcos. E foi na Cia Experimental do Negro que transformou o sonho de menina de ser atriz em realidade.
Ela foi a primeira atriz negra a se apresentar no palco nobre do Theatro Municipal do Rio de janeiro, em 1945, com o espetáculo O Imperador Jones.
Depois ganhou uma bolsa e passou um ano estudando e se aprimorando na Universidade de Harvard e na Academia Nacional de Teatro Americano, nos Estados Unidos.
Daí para a frente, não parou mais: foram mais de 40 novelas, 33 filmes e dezenas de peças. Foi a primeira protagonista negra da Tv Brasileira, em A Cabana do Pai Tomás (1969). Também foi a primeira brasileira a concorrer ao Leão de Ouro, no Festival de Veneza, por sua atuação no filme Sinhá Moça (1953).