Ludmilla viaja ao exterior para gravar clipe e fala sobre racismo: ‘A polícia brasileira deveria ficar mais de olho na Internet’

“Hoje” e “Te ensinei certin” estão bombando, mas Ludmilla quer mais. A funkeira foi na madrugada desta segunda-feira para o Chile e promete sair de lá com mais um hit na bagagem. A moça faz sua primeiraviagem internacional para rodar o clipe de “Eu não quero mais” no deserto do Atacama. Nada de beijos, dançarinos demais, iluminação moderna. Ludmila estará sozinha, vagando pelo local, metida num vestido vermelho esvoaçante.

Do Extra

Em Santiago, onde desembarcou na manhã de segunda, Ludmilla conversou com a coluna. “Estou muito feliz com essa primeira viagem ao exterior. Minha gravadora está fazendo esse clipe que será inesquecível! Não vejo a hora de tudo ficar pronto e meus fãs assistirem. É muita emoção, gente!”, comemora ela, que começa a gravar nesta terça e na quinta-feira já está de volta ao Brasil: “Vida de trabalhadora!”.

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Mesmo no auge do sucesso, Ludmilla não tem só motivos para festejar. No último domingo, a funkeira foi vítima de um internauta que escreveu “Nojo, negra, macaca, feia”. A cantora rebateu as ofensas: “Pessoas como você deveriam estar atrás das grades e não nas redes sociais, seu racista e hipócrita”, escreveu ela em seu perfil no Instagram, onde tudo aconteceu.

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Muitos seguidores de Ludmilla se revoltaram com o agressor, que, rapidamente, apagou seu perfil na rede social. Após fazer três shows e dormir apenas uma hora, a funkeira desembarcou no Chile ainda sob o efeito do preconceito racial que sofreu, e falou sobre o assunto.

“Acho que a polícia brasileira deveria ficar mais de olho na internet. Ainda tem gente que acha que é uma terra de ninguém e fica agindo dessa forma, ofendendo não só a mim como outras pessoas também. Eu abomino qualquer tipo de preconceito”, afirma Ludmilla, que ainda não sabe se vai procurar a Justiça para tentar punir o autor das ofensas.

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