Mais de 74% das mulheres já sofreram assédio ou preconceito no trabalho

A pesquisa mostra ainda que isso ocorre, inclusive, antes da contratação: 61,9% já enfrentaram situações invasivas nos processos seletivos

Um levantamento feito pela plataforma Infojobs aponta que mais de 74% das mulheres já sofreram assédio ou preconceito na vida profissional.

Segundo a pesquisa, 74,1% das entrevistadas afirmam ter sofrido assédio ou preconceito na vida profissional, sendo que em 72,7% dos casos a abordagem partiu de superiores, seguido de colegas de trabalho em 12,9% das vezes.

Dessas mulheres, 43,8% tiveram receio de reportar e omitiram a situação. Apenas 25,7% se posicionaram no mesmo momento, 16,7% pediram demissão e 3,8% comunicaram ao RH.

A pesquisa mostra ainda que isso ocorre, inclusive, antes da contratação: 61,9% já enfrentaram situações invasivas nos processos seletivos.

Além de sofrerem assédio ou preconceito, os dados da pesquisa apontam que 88,5% das mulheres acreditam que as oportunidades não são as mesmas para ambos os gêneros e 89,7% creem que o gênero influencia na contratação.

Em adicional, 69,7% afirmam que já tiveram a credibilidade questionada apenas por ser mulher. “Precisamos falar sobre como tornar ambientes profissionais mais igualitários desde a base, lá no processo seletivo e também na cultura das empresas”, afirma Ana Paula Prado, CEO do Infojobs.

Os dados revelam, ainda, que para 88,4% das entrevistadas, mulheres enfrentam mais dificuldades para se desenvolver quando comparado com outros grupos.

Entre os principais desafios enfrentados, destacaram-se: conquistar uma oportunidade de emprego (27,7%) e a dificuldade para conquistar reconhecimento e crescer profissionalmente (26,3%).

Os mesmo pontos se destacaram na pesquisa realizada em 2022, na qual foi feita a mesma pergunta.

+ sobre o tema

Atrizes da Globo se juntam para boicotar volta de Zé Mayer à TV

Segundo coluna do Uol, ator acusado de assediar figurinista...

Webinar debate violência de gênero e segurança de mulheres jornalistas

Resolução aprovada pela ONU para promover a segurança de...

A cada dia, pelo menos 18 meninas são estupradas no Brasil

Principal causa da gravidez precoce, o estupro está relacionado...

Técnica de enfermagem é morta por ex com mais de 50 facadas na frente da filha

Vítima foi atacada quando buscava dinheiro da escola da...

para lembrar

Mãe, a culpa é sua

Desde segunda-feira, 2, circulam pelas redes sociais alguns links,...

Grupo Mulheres do Brasil destaca importância de falar sobre racismo

O Comitê de Igualdade Racial do Grupo Mulheres do Brasil lança...

Moda escrava: mulheres são maioria em trabalho indigno na área têxtil em SP

No ano passado, 139 pessoas foram resgatadas em condições...
spot_imgspot_img

Colégio afasta professor de história investigado por apologia ao nazismo, racismo e xenofobia

Um professor de história da rede estadual do Paraná foi afastado das funções nesta quinta-feira (18) durante uma investigação que apura apologia ao nazismo, racismo...

Ministério Público vai investigar atos de racismo em escola do DF

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) vai investigar atos de racismo registrados durante uma partida de futsal entre alunos de duas...

Tempo para início de tratamento de câncer de mama é 3 vezes maior que o previsto em legislação

O tempo médio para o início do tratamento de câncer de mama no SUS (Sistema Único de Saúde) é quase o triplo do período previsto pela Lei...
-+=