McDonald’s fecha restaurante que vetou a entrada de negros

Um restaurante da McDonald’s Corporation na China foi fechado temporariamente pela rede, após acusações de racismo.

Do Hypeness

Placa com o logo do McDonald´s
(Foto: chöning/ullstein bild/Getty Images)

Depois do estopim da pandemia de coronavírus no país, o comércio está voltando a funcionar fisicamente, incluindo restaurantes. Funcionários da unidade do McDonald’s voltaram a trabalhar, mas se recusaram, explicitamente, a servir clientes por eles serem negros.

No estabelecimento, havia inclusive uma placa declarando que os negros não estavam “autorizados a entrar” – amável causou revolta e logo viralizou nas redes sociais. O caso foi denunciado por movimentos que lutam pelo direito à igualdade racial.

A discriminação contra africanos na região de Guangzhou, onde o caso ocorreu, tem se tornado cada vez mais rotineira e tem crescido motivada por rumores de que os nigerianos que moravam no distrito “Little Africa” ​​da cidade estavam espalhando uma nova onda de infecções por coronavírus. Várias nações africanas apresentaram queixas formais ao governo chinês sobre discriminação contra seus cidadãos.

Sobre a ocorrência em si franquia, a McDonald’s Corporation se manifestou, nesta segunda-feira, ao Hong Kong Free Press, afirmando que também aproveitaria a oportunidade para educar gerentes e funcionários “sobre nossos valores, o que inclui servir a todos os membros das comunidades em que operamos”. A marca também se desculpou pela placa colocada no restaurante.

Guangzhou, uma província de Guangdong, é a maior colônia Internacional no sudeste da China. A cidade se tornou uma das maiores comunidades africanas na Ásia.

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