Metrô sobe para R$ 2,65 e integração fica em R$ 4,07

Valor fica menor que o do bilhete do ônibus pela primeira vez na história do metrô

Tarifa tem reajuste de 3,9%; novo valor entra em vigor a partir da próxima terça-feira e reajuste vale também para as passagens da CPTM

As tarifas do metrô de São Paulo e dos trens da CPTM passarão a custar R$ 2,65 na próxima terça-feira, um reajuste de 3,9% em relação ao atual valor de R$ 2,55. O último aumento foi em fevereiro de 2009.

O Bilhete Único Integrado (que permite até quatro viagens de ônibus e uma de metrô em um período de três horas) passará de R$ 4 para R$ 4,07.

Mesmo após a alta, a passagem do metrô -sistema de transporte mais bem avaliado entre todos- permanecerá menor do que a do ônibus, que aumentou de R$ 2,40 para R$ 2,70 no dia 4 de janeiro. Será a primeira vez na história do metrô que isso acontece após todos os reajustes.
Desde o mês passado, o ônibus já é mais caro que o metrô, mas a expectativa era que o quadro se revertesse agora, quando o governo do Estado anunciasse o novo aumento. Foi o que aconteceu, por exemplo, em 2003, quando os ônibus urbanos ficaram mais caros por apenas uma semana.

Entre novembro de 2006 e fevereiro de 2008, os dois custaram o mesmo valor (R$ 2,30). Em 2001, isso também ocorreu, por dois meses (R$ 1,40). Na época, o governo do Estado chegou a declarar que o aumento do metrô era necessário porque o valor igual estava aumentando a superlotação nos vagões.

 

Migração
Questionado se teme que a migração de usuários de ônibus volte a ocorrer agora, o metrô informou apenas que está investindo R$ 21 bilhões para ampliar a malha metroferroviária e atender a uma demanda de passageiros que já tem sido crescente.

Para Ailton Brasiliense, presidente da ANTP (Associação Nacional de Transporte Público), a migração não deve ocorrer desta vez porque o Metrô já está superlotado. “As pessoas vão ter que pensar duas vezes antes de mudar.”

O reajuste do metrô e da CPTM levou em conta a inflação medida pelo IPC/Fipe no período de fevereiro de 2009 a janeiro de 2010, que foi de 4,4%. Caso seguisse a inflação, a tarifa passaria para R$ 2,66, o que não seria viável pois poderia dificultar o troco.

Nos últimos anos, os aumentos têm ficado próximos aos índices oficiais de inflação, o que não aconteceu com o reajuste do ônibus neste ano.
O valor de R$ 4,07 na integração não deve causar problemas com o troco, na avaliação dos técnicos da Secretaria dos Transportes Metropolitanos, porque o débito é feito eletronicamente no bilhete único.

Mas o especialista em transportes Horácio Augusto Figueira acredita que isso pode, sim, acarretar problemas nas bilheterias. Ele critica até o valor de R$ 2,65. “Se o usuário quiser carregar só uma viagem ele vai precisar ter o dinheiro trocado? Esse valor quebrado é um valor infeliz.”

 

 

Fonte: Folha de S. Paulo

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