Com boatos de que manifestantes, entre os quais skinheads, pudessem depredar o estádio do Corinthians, em Itaquera, zona leste de São Paulo, torcidas organizadas ligadas ao clube montaram ontem guarda para proteger o local. Segundo torcedores, cerca de 3 mil integrantes da Camisa 12, Gaviões da Fiel e Pavilhão 9, as principais agremiações alvinegras, ficaram de prontidão caso os vândalos atacassem.
Os torcedores chegaram por volta das 15 horas e permaneceram na estação Itaquera do Metrô, na plataforma que dá acesso ao estádio e também dentro do local, que está em obras. “A gente está aqui para fazer segurança do patrimônio do clube, que não é público”, contou um torcedor da Camisa 12, que pediu para não ser identificado. “Tinha um pessoal nosso no Tatuapé, monitorando.” Já rodava na internet no dia anterior mensagens sobre isso. “Invadir o Itaquerão? Tenta a sorte”, dizia uma das postagens.
Um pelotão da Tropa de Choque da PM também ficou de prontidão. Como não houve manifestação no local, os torcedores começaram a dispersar por voltas das 21 horas. O ato que ocorria no Tatuapé, e que estava sendo monitorado, não era formado por skinheads e seguiu rumo ao centro.
Na Mooca, o Sindicato dos Metalúrgicos também protestou no início da manhã. De acordo com a entidade, 4 mil pessoas participaram do movimento que pediu melhorias no transporte público. A ação ocorreu na Ilha do Sapo.
Paulista. Em uma manifestação pacífica e bem-humorada, cerca de 2 mil manifestantes se reuniram ontem na Praça Roosevelt, centro, para protestarem contra o projeto de lei em trâmite na Câmara dos Deputados, apelidado de “cura gay”. Após a concentração inicial na praça, eles marcharam rumo à Avenida Paulista.
No Ipiranga, zona sul, cerca de mil pessoas fizeram passeata pacífica no fim da tarde. Entre os manifestantes, muitas crianças e adolescentes – ao menos oito colégios e uma faculdade dispensaram alunos e funcionários por causa dos atos.
A manifestação, que foi organizada pelo Facebook, durou cerca de três horas: saiu do Parque da Independência e terminou na frente do Instituto Lula. No caminho, as pessoas saudavam os vizinhos das janelas. O objetivo inicial era protestar contra a PEC 37, que tira poder de investigação do Ministério Público, mas também houve quem reclamasse de desigualdade social, corrupção e baixo valor do salário mínimo.
Novos protestos na Estrada do M’Boi Mirim, também na zona sul, fecharam a via na manhã de ontem. Segundo organizadores, 250 pessoas marcharam, interditando a via por volta das 9h. As pessoas pediam melhorias no transporte, como a duplicação da avenida e a construção de uma estação de metrô no Jardim Ângela. No início da noite, manifestantes protestaram também por mais qualidade nos transportes na Avenida Carlos Caldeira Filha, no Capão Redondo, na zona sul. A expectativa era de que mil manifestantes participassem do movimento, reunido perto da Estação Capão Redondo.
Fonte: Meu Timão