Fonte: UOL
Rio de Janeiro, 20 jul (Lusa) – O presidente moçambicano, Armando Guebuza, em viagem oficial ao Brasil, convidou os empresários brasileiros para visitarem e conhecerem as potencialidades de negócios do país africano.
Num balanço sobre o encontro com empresários de diversos setores, realizado no primeiro dia da visita, o chanceler moçambicano, Oldemiro Baloi, considerou ser promissora a missão ainda neste ano.
“Foi uma excelente reunião, para já há uma fluência grande de empresários distintos representando diversas áreas, diversos interesses”, disse à Agência Lusa.
Segundo ele, o presidente Guebuza e a comitiva moçambicana que o acompanha na sua visita ao Brasil estão “muito satisfeitos, na medida em que tem sido prática nos últimos anos e, cada vez mais crescente na atividade política e diplomática, a promoção empresarial”.
O presidente Guebuza, ao convidar a classe empresarial, destacou Baloi, “abre as portas do país e manifesta confiança na capacidade empreendedora dos empresários brasileiros”.
E do lado brasileiro, ao estimular a ida de executivos, Baloi afirmou que “há uma perspectiva” e um reconhecimento de que “o ambiente de negócios (em Moçambique) é suficientemente convidativo”.
A indicação é que a missão empresarial ocorra ainda este ano, em novembro.
Financiamento
Segundo fontes do governo brasileiro, Brasília está disposta a negociar empréstimos a Moçambique para grandes obras, pedindo em contrapartida que as empreitadas sejam executadas por empresas brasileiras.
A negociação para uma possível linha de crédito está sendo feita com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Segundo Baloi, está previsto, numa primeira etapa, um crédito de US$ 300 milhões, principalmente para projetos de infra-estrutura.
Os esforços estão concentrados na exploração do carvão, na termoelétrica, assim como na construção de ferrovias e de um porto.
A exploração de carvão é realizada pela mineradora brasileira Vale no norte do país, em Moatize, e deverá ter início em 2011.
A previsão é que a Vale gaste cerca de US$ 2 bilhões na exploração da mina, na recuperação da ferrovia para a costa, além da construção de instalações portuárias e uma central elétrica.
A empresa brasileira deverá exportar cerca de nove milhões de toneladas de carvão por ano.
Matéria original: Moçambique mostra oportunidades a empresários brasileiros