Morre criança baleada durante celebração da vitória de Lula: ’12 anos interrompidos por um bolsonarista’

Assassinato de Luana repercutiu entre parlamentares. Motivação do crime seria político

A menina Luana Rafaela Oliveira Barcelos, de 12 anos, baleada enquanto celebrava a vitória de Lula à Presidência no domingo, morreu nesta quinta-feira em Belo Horizonte, Minas. A criança, baleada no abdômen, é a segunda vítima de Ruan Nilton da Luz, de 36 anos. No domingo, o advogado Pedro Henrique Dias, de 28 anos, também morreu vítima de Luz. Além de Dias e Luana, outras três pessoas foram baleadas na ocasião, e estão fora de perigo. O caso é investigado como crime de motivação política, pois Luz seria um apoiador do presidente Jair Bolsonaro.

De acordo a investigação da Polícia Civil, o suspeito estava alcoolizado e, após o resultado da eleição, saiu de casa em “busca de traficantes”. Ele relatou aos policiais que “atirou aleatoriamente”. Os primeiros disparos ocorreram na rua onde estava Luana e outra mulher, de 47 anos, que foi atingida com um tiro na perna.

A polícia investiga o caso que ocorreu no bairro Nova Cintra como duplo homicídio consumado e tentativa de homicídio por motivação política. O autor já teve a prisão em flagrante convertida em preventiva.

A morte de Luana gerou grande repercussão nas redes. Algumas políticas lamentaram o caso, como a deputada estadual pelo Rio Renata Souza (PSOL) e a deputada federal eleita Erika Hilton (PSOL-SP). “12 anos interrompidos por um bolsonarista que invadiu armado a festa da família de Luana no dia das eleições”, publicou Erika.

Pessoas próximas à Luana também se despediram publicamente. “Hoje o céu ganha mais uma estrelinha! Meu Deus! Eu não consigo acreditar que você se foi. Vou sentir muito a sua falta. Você foi uma menina maravilhosa, amiga, um amor de pessoa”, escreveu uma amiga.

Pedro foi morto na garagem de casa

A outra vítima foi assassinada na garagem de casa no domingo. Pedro estava reunido com um grupo de cerca de dez pessoas acompanhando a apuração da presidência. Em entrevista ao g1, a tia de Pedro, Amanda Dias de Paula, afirmou que o sobrinho cantava “É Lula, é Lula” no momento do crime. “A gente estava em uma comemoração entre família. Meu sobrinho estava cantando ‘é Lula, é Lula’, porque ganhou. [O atirador] simplesmente saiu atirando porque o Lula ganhou. O cara já chegou atirando”, disse.

Além de Pedro, a mãe e a prima foram baleadas no braço, mas passam bem.

O suspeito tentou se esconder em uma mata próxima, mas foi encontrado com duas pistolas, uma faca, além de munições. Na hora do crime, ele vestia balaclava.

+ sobre o tema

‘A voz das vítimas e das pessoas próximas quase nunca aparece’, diz Roger Raupp Rios

(Jornal do Comércio, 09/09/2014) A abordagem da mídia em...

Juízes federais publicam carta aberta em defesa da criação do juiz das garantias

Cinquenta juízes e desembargadores federais assinaram uma carta aberta...

Índios preparam invasão de área da usina de Belo Monte

Por:AGNALDO BRITO Os índios da bacia do médio Xingu...

Crave as unhas

Por Fernanda Pompeu   Sinto vertigem toda vez...

para lembrar

Debate da Band – Plínio faturou

Marina Silva (PV) perdeu. Com apenas 1 minuto e 15...

Marina ataca Serra por uso de favela cenográfica na televisão

Por: Claudio LealFilippo CecílioMarcela RochaVagner Magalhães   No...

16/09 DATAFOLHA: Dilma oscila para 51% e se distancia 24 pontos de Serra

Apesar do intenso noticiário das últimas semanas sobre a...

Americanos são baleados até por baterem na porta errada

O técnico de manutenção na Carolina do Norte tinha acabado de chegar para consertar danos causados por um vazamento. O adolescente na Geórgia estava...

Violência nas escolas: como falar com crianças e adolescentes

 “Mamãe, eu vou poder ir para a escola?” “Por que há massacre?” A professora Gina Vieira, pesquisadora em educação no Distrito Federal, ficou aturdida...

Ministério das Mulheres fecha acordo para instalação da primeira Casa da Mulher Brasileira no Amazonas

A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, fechou, nesta sexta-feira (14), acordo com o governador do Amazonas, Wilson Lima, para a implementação da primeira unidade...
-+=