Mostra Motumbá: memórias e existências negras, que acontece até março no Sesc Belenzinho

enviado por Baobá Comunicação, para o Portal Geledés

Para o início do ano, a mostra apresenta show de Martinho da Vila e a peça teatral “Namíbia, Não!”, dirigida por Lázaro Ramos

Iniciada em novembro e com programação até março de 2017, a mostra ‘Motumbá: Memórias e Existências Negras’, evento que toma espaços do Sesc Belenzinho com ações que exaltam a riqueza e a variedade da produção cultural de matrizes africanas e periféricas, chega a 2017 com apresentações de diversas linguagens que contemplam a diversidade das expressões artísticas negras. De show do cantor Martinho da Vila (5 a 8/1), passando por oficinas, debates, performances, além de apresentações teatrais e de dança, foram selecionadas atividades que trazem ao público um intercâmbio de idéias e percepções, sempre a preços populares ou com entrada gratuita.

Sambista de grande prestígio, Martinho da Vila sobe ao palco do Sesc Belenzinho com show inédito, concebido especialmente para o projeto Álbum dentro da Mostra Motumbá. Nele serão apresentadas músicas de seu primeiro disco, recentemente regravado pelo cantor em celebração aos 45 anos de sua estréia. O repertório inclui os sucessos “O Pequeno Burguês”“Casa de Bamba”“Quem É do Mar Não Enjoa”, “Yayá do Cais Dourado” e “Quatro Séculos de Modas” e “Costumes”.

Ainda na seleção musical, destaque para o show Mulheres do Rap (21/1), numa homenagem ao feminino na cultura hip hop, em ocasião que serão reunidas as artistas Cris SNJ, Shirley Casa Verde, Stefanie Roberta e Yzalú, com participação de Luana Hansen. No set-list estarão canções autorais e releituras de sucessos do RAP Nacional.

Saindo dos palcos e abrangendo a ‘sessão’ ação e cidadania, a roda de conversa Escambo de Ideias – Cultura Marginal: descentralização, territorialidade e quilombos urbanos (17/1) visa pensar a cidade de São Paulo, seus territórios e espaços de resistências culturais como uma oportunidade de discutir a história da cidade e os diversos mecanismos de exclusão social e racial. Participarão do debate a professora e urbanista Ermínia Maricato, Douglas Iesus e Aurélio Prates, com mediação de Juninho. Já no dia 31/1, o encontro Escambo de Ideias retorna com o tema Representação, Empoderamento e Protagonismo da Mulher Preta nas Artes em bate-papo com Cristiane Sobral, Renata Martins e Débora Marçal, com mediação de Sandra Camposno qual será debatido o papel da mulher nas artes cênicas e seu protagonismo nas diversas áreas que envolvem a produção de um espetáculo.

Para o público interessado em dança, a mostra realiza as oficinas Forças da Natureza: Passado, Presente, Futuro (13 a 15/1), com Clyde Morgan, Causos e Passos do Jongo (15/1), com o grupo Filhos da Semente, Oficina de Passinhos (28/1), com grupo Suave, e Jogue esse Jongo (29/1), com a Comunidade Jongo Dito Ribeiro. Além das oficinas, acontecem também apresentações Roda de Jongo (15/1), Suave (27, 28 e 29/1) e Jongo (29/1).

A peça Namíbia, Não!, com direção de Lázaro Ramos, chega como uma das produções teatrais mais esperadas para a mostra em janeiro. Seu roteiro e interpretação proporcionam ao espectador uma extensa reflexão sobre o racismo ao debater questões sociais e econômicas no Brasil. O espetáculo será apresentado de 13 a 22/01, de sexta à domingo.

Já na agenda de cinema serão exibidos gratuitamente os filmes: “Cores e Botas” e “Pariah” (20/01), “Caixa d´água: qui-lombo é esse?” “Família Alcantara” (20/01), “O dia de Jerusa” e “Amor Maldito” (21/01), “Afronauts” e “A Noite da Verdade” (22/01). Os títulos fazem parte da mostra “A Magia da Mulher Negra”, com curadoria de Kênia Freitas, que também conta com um bate-papo (21/01) com as diretoras Adélia Sampaio (Amor Maldito), Viviane Ferreira (O Dia de Jerusa) e Lilian Solá Santiago (Família Alcântara).

Em janeiro também estão programadas atividades voltadas para ‘artes visuais’, ‘tecnologia e artes’, ‘literatura’ e ‘infantil’ – como o Encontro de Partilhas: Histórias, Livros e Jogos, com o Coletivo Cafuzas – em ação literária para crianças que trata as culturas indígenas, africanas e afro-brasileiras por meio de partilha de narrativas, jogos e mediação de leitura de livros. A performance Bombril (14 e 17/1), com Priscila Rezende, traz uma crítica aos apelidos pejorativos utilizados para se referir ao cabelo afro. No dia 11/1 (quarta-feira), o Sarau da Kambinda promove um bate papo com muitas histórias, poesia e música, com presença da artista Raquel Trindade, membro da família que abriga o legado de Solano Trindade.

A mostra “Motumbá: Memórias e Existências Negras” foi idealizada pela equipe de programação e curadoria do Sesc com co-curadoria de João Nascimento e ocupa diversos espaços abertos e fechados do Sesc Belenzinho até março de 2017. Confira abaixo os detalhes de cada apresentação do mês.

Programação de Janeiro na mostra M O T U M B Á – Memórias e Existências Negras: 

MÚSICA

MARTINHO DA VILA

De 5 a 7/1, quinta a sábado, às  21h e dia 8/1, domingo, às 18h

Todas as músicas do disco de estréia de Martinho da Vila, em 1969, viraram grandes sucessos que fazem parte do cancioneiro popular brasileiro até hoje. Batizado com o seu próprio nome e lançado pela RCA Victor, o LP inclui clássicos como O Pequeno BurguêsCasa de BambaQuem É do Mar Não EnjoaYayá do Cais Dourado e Quatro Séculos de Modas e Costumes.

Quarenta e cinco anos depois, este trabalho foi regravado pelo Martinho, sob o título Martinho da Vila 4.5 Atual e, agora, vira show inédito, concebido especialmente para o projeto Álbum do Sesc Belenzinho. Nesse projeto, Martinho da Vila dá uma nova roupagem a canções já consagradas pelo público e mostra que consegue ser atual, sem deixar de ser clássico. O próprio Martinho justificou: “Quando o LP foi gravado, as condições técnicas não eram muito boas. Usamos poucos instrumentos, apenas um violão e um cavaquinho. Eu queria melhorar as harmonias e aproveitei meus 45 anos de carreira para fazer isto”. Martinho foi o primeiro sambista a ultrapassar a marca de um milhão de cópias com o CD “Tá Delícia, Tá Gostoso” lançado em 1995. Banda: Martinho da Vila apresenta-se acompanhado por grande banda em sua formação completa, composta por músicos com carreiras solo de sucesso, como suas filhas Maíra Freitas (artista de respeito crescente em sua própria carreira solo) e Juliana Ferreira (backingvocals), a percussão sob o comando do seu filho Tunico Ferreira, o baterista Paulinho Black (da banda Sandálias de Prata), além de Wanderson Martins (cavaquinho e direção musical), Cláudio Jorge (violão, muito elogiado pela crítica por seu trabalho independente sobre Ismael Silva), Ivan Machado (baixo), Victor Neto (sopros) e Kiko Horta (teclados, fundador do aclamado Boitatá, no Rio).

Local: Teatro

Duração: 1h30
Ingresso – R$30,00 / R$15,00 / R$9,00

Não recomendado para menores de 12 anos

MC LINN DA QUEBRADA – Participação de Lay

Dia 13/1, sexta-feira, às 21h30

Bicha, trans, preta e periférica. Nem ator, nem atriz, atroz. Bailarinx, performer e terrorista de gênero.
Essas são algumas das referências da MC Linn da Quebrada que, agora, também usa a música – especificamente o gênero funk – como uma ferramenta de transformação social e uma poderosa arma na luta pela quebra dos paradigmas sexuais. Munida de letras políticas, poderosas e dançantes, o show da cantora MC Linn é uma mistura de protesto, artes visuais e muita dança.
A artista, que é formada na Escola Livre de Teatro de Santo André e estudou ballet clássico e dança contemporânea no Centro de Artes Pavilhão D, lançou recentemente o single “Enviadecer”, que tem produção da rapper Luana Hansen. A canção fala sobre imposições sociais no mundo LGBTQ+, que culturalmente exigem que uma parcela dos homens gay e cisgênero se comportem de forma machista, misógina e transfóbica.
Moradora de um bairro localizado na extrema Zona Leste de São Paulo, Linn se dedica ao funk para empoderar a periferia. “Eu falo de um lugar no qual eu me reconheço, falo da quebrada, com a quebrada e para a quebrada. Falo sobre movimento e resistência. Dançar sobre as ruínas desse patriarcado machista é libertador. Emitir essa mensagem a partir de um corpo preto, bixa, pobre, abjeto.”
Entre as referências de Linn no mundo do funk estão artistas como Mc Xuxú, Mc Trans, DeizeTigrona, ValescaPopozuda, Tati Quebra Barraco e a precursora Cláudia Wonder.

Local: Comedoria

Duração 1h30

Ingresso – R$20,00 / R$10,00 / R$6,00
Não recomendado para menores de 18 anos

CRESPO MC

Dia 14/1, sábado, às 21h

Lançamento do disco Maldito

O show celebra a parceria entre Revolution, lenda americana dos toca-discos e o rapper Crespo MC, e é um passeio pelo lado B de diversos gêneros das artes: do cinema novo ao trashmovie, passando pelos malditos da MPB e por sambas menos populares, até o rap underground. Crespo MC também apresenta músicas com referências aos poetas marginais, Glauber Rocha e Zé do Caixão.
O rapper, que liderava o coletivo Casadi Caboclo, dá com este lançamento um
novo passo em sua carreira e presta homenagem aos artistas marginais. Crespo MC se apresenta ao lado de Ivan Paiakan (baixo); Chico Netto (guitarra); Oscar Filho (batera) e nos toca-discos e efeitos sonoros DJ Killa. Participação de convidados: Cantor, compositor, multi-instrumentista e produtor Filó Machado no violão; Cristiano Stuginski no teclado; Marcos Braga no trompete, Vinícius Chagas no sax, cantora Heloisa Lucas e o rapper Lenda ZN.

Local: Teatro

Duração: 1h30
Ingresso – R$20,00 / R$10,00 / R$6,00
Não recomendado para menores de 12 anos

MULHERES DO RAP: Cris SNJ, Shirley Casa Verde, Stefanie Roberta e Yzalú – Participação de Luana Hansen

Dia 21/1, sábado, às 21h30

O show celebra o feminino na cultura Hip Hop e apresenta ao público a arte de rua realizada por mulheres. Cris SNJ, Shirley Casa Verde, Stefanie Roberta e Yzalú se reúnem no palco para apresentar suas próprias canções e releituras de sucessos do RAP Nacional.
As mulheres entraram na cena do hip hop brasileiro aos poucos e ganharam voz, força e muita disposição para militar.

Yzalú fez parcerias com grupos Essência Black, Walter Limonada e Ordem Própria, participando de shows e produções musicais, anos depois, quando postou um vídeo na internet da música “Jesus Chorou” dos Racionais Mc’s uma versão acústica e intimista ao violão, chamou a atenção dos internautas e do magnata do Rap Nacional, o DJ e produtor “Bola 8”, que a convidou para participar de um Festival de RAP com mais de 20 grupos. Yzalú se apresentou entre o rapper Dexter do 509-E e o polêmico grupo Facção Central, neste evento cantou a versão acústica de “Um Bom Lugar” do eterno Sabotage para um público de mais de 10 mil pessoas no clube da Ford em SBC. Desde então Yzalú não parou mais. Lança seu primeiro trabalho solo o CD “Minha bossa é treta”, que conta com músicas autorais além da música inédita do Sabotage “Figura Difícil, Humildade em Alto Nível”, a participação do rapper Pazsado de SBC e a produção de Marcelo Sanches.

Shirley Casa Verde traz para seu nome o bairro em que cresceu e que tem como “uma espécie de quilombo”, não só pela grande quantidade de negros, mas pela cultura que permeia o cotidiano da comunidade. E foi neste bairro que ela se aproximou da música. Integra já há dez anos o grupo de rap Ca.Ge.Bê (Cada Gênio do Beco), junto com Cezar Sotaque e DJ Paulinho. Além do grupo tem sua carreira solo compondo e realizando participações em projetos musicais.

Stefanie Roberta rima, compõe, tem levada e métrica peculiares e se dedica à militância política. Gravou com Lurdes da Luz, Max BO e Arnaldo Tifú e reescreveu na Remixtape do rapper Emicida, “Rua Augusta”.  Em uma linha mais romântica, mostrando a sua versatilidade, com produção de SorryDrummer e participação do Mc Rashid, o single “Perto de Mim” recentemente foi lançado. Atualmente finaliza seu primeiro álbum.

Local: Comedoria
Duração: 1h30
Ingresso – R$25,00 / R$12,50 / R$7,50
Não recomendado para menores de 18 anos

AÇÕES PARA A CIDADANIA 

ESCAMBO DE IDEIAS – Cultura Marginal: descentralização, territorialidade e quilombos urbanos.

Dia 17/1, terça-feira, às 20h

Com Erminia Maricato, Douglas Iesus e Aurélio Prates. Mediação: Juninho.
A roda de conversa propõe pensar a cidade de São Paulo, seus territórios e espaços de resistências culturais. É uma oportunidade também de discutir a história da cidade e os diversos mecanismos de exclusão social e racial herdados por uma cultura eurocêntrica. No plano simbólico da produção cultural, o artista marginal é aquele que se encontra fora do eixo central legitimado, essa posição pode se dar por diversas formas, desde a estética, temática, poética e/ou vocabulário vivenciado pelo artista e/ou coletivo que subverte a lógica do sistema vigente até as condições históricas, políticas, econômicas e geográficas na qual se encontram.
OFICINA III
Grátis – Entrega de senhas no local com 30 minutos de antecedência.

Livre

ESCAMBO DE IDEIAS – Representação, Empoderamento e Protagonismo da Mulher Preta
Dia 31/1, terça-feira, às 20h

Com Cristiane Sobral, Renata Martins e Débora Marçal. Mediação: Sandra Campos.
A mesa “Representação, Empoderamento e Protagonismo da Mulher Preta nas Artes” propõe refletir sobre a representação da mulher nas artes cênicas, com o propósito de discutir o seu protagonismo nas diversas áreas que envolve a produção de um espetáculo, desde a direção, a dramaturgia, a interpretação, a temática, o processo de criação, bem como, os estereótipos e personagens reproduzidos pela grande mídia.
OFICINA III
Grátis – Entrega de senhas no local com 30 minutos de antecedência.
Livre

PERCURSOS – Museu Afro-Brasil

Dia 21/1, sábado, das 14h às 17h30

Visita Temática: Artes e Tradições de Matriz Africana no Brasil
O Museu Afro Brasil, no Parque Ibirapuera em São Paulo, destaca a perspectiva africana na formação do patrimônio, identidade e cultura brasileira, celebrando a Memória, História e a Arte Brasileira e a Afro-Brasileira.

Vagner Gonçalves da Silva é professor de antropologia da USP dedicado ao conhecimento das religiões de origem africana no Brasil.

Ponto de encontro no Sesc Belenzinho com visita ao espaço cultural.

Início das inscrições: dia 05/01 (quinta) pessoalmente, a partir das 14h, no 1º pavimento.
Inscrição – Grátis

Livre

PERCURSOS – Povo Yorùbá – Nação Kétu IléÌyá Mi ÒsunMuiywae o Afoxé Omo Dada

Dia 28/1, sábado, das 10h às 18h30

Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana em São Paulo.

O IléÌyá Mi ÒsunMuiywa é um dos mais antigos territórios tradicionais de matriz africana na capital paulistana. É dirigido pela Mãe Wanda de Òsun que dentre outros trabalhos fundou e preside o Afoxé Omo Dada, o primeiro da cidade que em 2016 completou 36 anos. Anualmente o Afoxé abre o carnaval no Sambódromo de São Paulo.

Atividades no Sesc Belenzinho com visita ao espaço cultural
Gratuito (almoço não incluso)
Início das inscrições: dia 05/01 (quinta) pessoalmente, a partir das 14h, no 1º pavimento.

Local: Sala Espetáculo II
Inscrição – Grátis 

Livre

ARTES VISUAIS

EXPERIMENTAÇÕES TÊXTEIS – com Dona Jacira Oliveira

De 10 a 31/01, terças, das 14h30 às 17h30

Elementos mágicos como linha, agulha, tesoura e muita sensibilidade, farão seus papéis direcionados por suas mãos. Existe em nós uma vontade de beleza secular, que está oculta e pronta pra vir à tona. Vamos convidar a alma a falar e será uma festa, uma kizumbadiaspóricatêxtil. Serão costurados retalhos de velhos sonhos.

Duração: 4 encontros.

OFICINA I
Não recomendado para menores de 16 anos
Grátis – Início das inscrições: dia 05/01 (quinta) pessoalmente, a partir das 14h, no 1º pavimento.

ESTÉTICAS AFRO-BRASILEIRAS: como contamos nossas histórias através da vestimenta

Com Hanayrá Negreiros

De 12/1 a 2/2, quintas, das 19h30 às 21h30

O curso alinha a experiência prática e algumas conversas sobre as várias estéticas negras que habitam o Brasil, no intuito deolhar para um passado que não foi legitimado e ecoa em um presente ainda por descobrir.

OFICINA III
Não recomendado para menores de 16 anos
Grátis – Início das inscrições: dia 05/01 (quinta) pessoalmente, a partir das 14h, no 1º pavimento.

BOMBRIL – com Priscila Rezende

Dias 14 e 17/1, sábado e terça, às 19h

“Bombril”, além de uma conhecida marca de produtos para limpeza e de uso doméstico, faz parte de uma extensa lista de apelidos pejorativos, utilizados em nossa sociedade para se referir a uma característica do indivíduo negro, o cabelo. Na performance, o corpo da artista se apropria da posição pejorativa a ele atribuída, transformando-se em uma imagem de confronto. Nesse contexto, o espectador se defronta com sua própria fala discriminatória e é obrigado a encará-la, sem que haja opções para evasivas, subterfúgios ou digressões. Realizada originalmente em 2010, a artista Priscila Rezende esfrega uma determinada quantidade de objetos de material metálico, e usualmente de origem doméstica, com seus próprios cabelos.

1º PAVIMENTO | HALL (17/1)

ÁREA DE CONVIVÊNCIA (14/1)
LIVRE
Grátis – Sem retirada de ingressos.

CINEMA E VÍDEO 

MOSTRA “A MAGIA DA MULHER NEGRA”

“CORES E BOTAS” E “PARIAH”

Dia 20/1, sexta, às 16h

Cores e Botas
Dir. Juliana Vicente | Brasil | 2010 | 16 minutos | ficção| livre
Joana tem um sonho comum a muitas meninas dos anos 80: ser Paquita. Sua família é bem sucedida e a apóia em seu sonho. Porém, Joana é negra e nunca se viu uma paquita negra no programa da Xuxa.

Pariah
Dir. DeeRees | EUA | 2011 | 86 minutos | ficção| 18 anos
Quando forçada a escolher entre perder sua melhor amiga ou destruir sua família, uma adolescente lésbica do Bronx manipula identidades conflitantes e enfrenta a frustração e o desgosto em sua busca desesperada de afirmação sexual.

SALA ESPETÁCULO II
Não recomendado para menores de 18 anos
Grátis – Entrega de senhas no local com 30 minutos de antecedência.

“CAIXA D’AGUA: QUI-LOMBO É ESSE?” E “FAMÍLIA ALCANTARA”

Dia 20/1, sexta, às 20h

Caixa d´água: qui-lombo é esse?

Dir. Everlane Moraes | Brasil | 2013 | 15 minutos | documentário | livre
Com depoimentos de antigos moradores e de acervos fotográficos, o documentário aborda a importância no âmbito cultural e histórico do bairro Getúlio Vargas, localizado em Aracaju, capital de Sergipe. A ênfase é dada à cultura negra e à presença do negro escravo e seus descendentes, com o resgate de assuntos relacionados à sua origem, oralidade, localização geográfica e consciência de sua identidade racial, mostrando que, apesar dessa comunidade existir em uma área urbana, ainda mantém muitos aspectos da vida em quilombo dos antigos negros escravos do Brasil.

Família Alcântara
Dir. Daniel Sola Santiago, Lilian Sola Santiago | Brasil | 2005 | 56 minutos | documentário | Livre
Família Alcântara é um encontro íntimo com uma família extensa, cujas origens remetem-se à bacia do Rio Congo, no continente africano. Através de gerações, seguem preservando sua história, mantida por séculos de tradição oral, práticas e costumes tradicionais oriundos da África. O filme demonstra como fragmentos de memória podem proporcionar conexões históricas e
espirituais, tornando-se uma fonte de resistência cultural e identidade para a população afrodescendente.

SALA ESPETÁCULO II
Livre
Grátis – Entrega de senhas no local com 30 minutos de antecedência.

“O DIA DE JERUSA” E “AMOR MALDITO”

Dia 21/1, sábado, às 16h

O dia de Jerusa
Dir. Viviane Ferreira | Brasil | 2014 |15 minutos | ficção | Livre
Bixiga, coração de São Paulo. Jerusa, moradora de um sobrado envelhecido pelo tempo, em um dia especial, recebe Silvia, uma pesquisadora de opinião que circula pelo bairro convencendo pessoas a responderem questionários para uma pesquisa de sabão em pó. No momento em que conhece Silvia, Jerusa a proporciona uma tarde inusitada repleta de memórias, convidando-a a compartilhar momentos de felicidade com uma “desconhecida”.

Amor Maldito
Dir. Adélia Sampaio | Brasil | 1984 | 75 minutos | ficção | 18 anos
Primeiro filme de longa-metragem dirigido por uma mulher negra e considerado também o primeiro filme lésbico nacional. O filme mostra a relação entre Fernanda e Sueli, que acaba por suicidar-se. Considerada culpada, Fernanda é levada aos tribunais e massacrada pelos valores machistas e moralistas da sociedade.

SALAESPETÁCULO II
Não recomendado para menores de 18 anos
Grátis – Entrega de senhas no local com 30 minutos de antecedência.

BATE-PAPO: A MAGIA DA MULHER NEGRA

Com Adélia Sampaio, Viviane Ferreira e Lilian Solá Santiago. Mediação: Kênia Freitas

Dia 21/1, sábado, das 20h às 21h30

Bate-papo com cineastas negras com filmes em exibição da Mostra: Adélia Sampaio, Lilian Solá Santiago a e Viviane Ferreira. O bate-papo aborda a criação feminina negra no cinema, em seus aspectos políticos e estéticos. As convidadas representam três gerações de mulheres negras brasileiras cineastas.

SALA ESPETÁCULO II
Livre
Grátis – Entrega de senhas no local com 30 minutos de antecedência.

“AFRONAUTS” E “A NOITE DA VERDADE”

Dia 22/1, domingo, às 16h

Afronauts

Dir. Frances Bodomo | EUA | 2014 | 14 minutos | ficção | Livre
Em 16 de julho de 1969, os EUA se preparam para lançar o Apollo 11. Há milhares de quilômetros de distancia, a Academia Espacial de Zâmbia espera chegar à lua antes dos estadunidenses. O filme é inspirado em fatos reais.

A Noite da Verdade
La nuit de lavérité | Fanta RéginaNacro | Burkina Faso | 2004 | 95 minutos |
ficção |18 anos
Após dez anos de uma brutal guerra civil em um fictício país do oeste africano, dois grupos étnicos, os Nayaks e os Bonandés, chegam a um acordo de paz. A trégua é celebrada em uma festividade com a presença dos líderes do governo e dos rebeldes, suas famílias e os soldados. No entanto, ambos os grupos guardam ressentimentos e traumas e a tensão acumula-se no transcorrer da noite, ameaçando a tentativa de paz.

SALA ESPETÁCULO II
Não recomendado para menores de 18 anos
Grátis – Entrega de senhas no local com 30 minutos de antecedência.

INFANTIL

ENCONTRO DE ERÊS – Contos Sonoros de África, com Cristiano Gouveia
Dia 7/1, sábado, das 16h às 17h

Histórias e cantigas que fazem parte da tradição oral do continente africano.

Cristiano Gouveia é ator, músico, compositor e contador de histórias. Possui vasta pesquisa dedicada à música inserida na linguagem narrativa. Desde 2011 desenvolve pesquisa e criação de histórias cantadas.

CONVIVÊNCIA
Livre
Grátis – Sem retirada de ingressos

ENCONTRO DE ERÊS – As Maravilhosas nos Contos Afro-Brasileiros, com Kiusam de Oliveira

De 12 a 14/1, quinta a sábado, das 16h às 17h

Contações de histórias em que as narrativas, inspiradas em livros, retratam o protagonismo de mulheres negras.  São histórias que apresentampersonagens femininos fortes, rainhas e princesas negras capazes de sensibilizar meninas de todos os tempos.

CONVIVÊNCIA
Livre
Grátis – Sem retirada de ingressos

DANÇA

FORÇAS DA NATUREZA: “Passado, Presente, Futuro”, com Clyde Morgan

De 13 a 15/1, sexta a domingo, das 15h às 17h30

A oficina do coreógrafo Clyde Morgan consiste na continuação das pesquisas feitas por ele sobre os arquétipos Africanos, a continuidade e persistência das forças da natureza evidentes no mundo cosmológico e cotidiano do novo mundo. Na oficina serão utilizados poemas, desenhos e esculturas como estímulos criativos, incentivando os participantes a ver e examinar as energias e potências renovadoras e atuais da nossa herança Afro-Brasileira. A oficina Forças da Natureza: “Passado, Presente, Futuro” teve um bom êxito ministrada tanto em Nova York quanto na Bahia, com elencos completamente diferentes. Auto crítica e interações dinâmicas serão facilitadas por Clyde Morgan e seus assistentes.

Clyde é de Cincinatti/Ohio, foi dançarino solista nas companhias de dança de José Limon, Anna Sokolow, BabatundeOlatunji, Maxwell & Morgan, SankofaAfrican Dance &Drum Ensemble. Foi diretor artístico e coreógrafo nas universidades: UFBA – Universidade Federal da Bahia durante 10 anos, UniversidadeEstadual de Wisconsin durante 7 anos, Universidade Estadual de New York durante 27 anos. Atualmente faz parte da diretoria do Grupo Carnavalesque FILHOS DE GANDHY da Bahia e é membro da Comissão Fulbright dos EUA.
Público Alvo: Dançarinos (as), músicos (as), atletas e interessados em performance.
Inscrições: até dia 10 de janeiro, por meio de envio de currículo resumido para [email protected]
Os candidatos selecionados serão avisados por e-mail até 11/01.

SALA  ESPETÁCULO II
Não recomendado para menores de 16 anos
Inscrição – Grátis 

CAUSOS E PASSOS DO JONGO – Troca de saberes e Vivência, com Jociara Souza

Dia 15/1, domingo, das 14h30 às 16h30

Nesta atividade os participantes aprenderão os principais passos e ritmos tocados nesta dança, como também, conhecer um pouco da trajetória de mestres jongueiros e de Jociara Souza – dirigente do grupo de jongo Filhos da Semente.

O Grupo Filhos da Semente
Nasceu no ano de 2012 na cidade de Indaiatuba, a partir do encontro de Jociara Souza, filha do Mestre Jongueiro Tio Juca, de Barra do Piraí/RJ (também um dos fundadores do Grupo de Jongo Sementes D’África da mesma cidade), do tambuzeiro Leonardo Marinho, mais conhecido como Nininho, também de Barra do Piraí e da arte-educadora Marina Costa, indaiatubana por criação. O grupo, basicamente formado por mulheres, inclusive na liderança, trabalha norteado pela necessidade de difundir, especialmente na cidade de Indaiatuba, o jongo, sua história e sua prática enquanto manifestação cultural legitimamente brasileira, preservada pela tradição oral, como forma de resistência da população negra do sudeste paulista.

EXPRESSÃO CORPORAL 2
Livre
Grátis – Entrega de senhas no local com 30 minutos de antecedência

RODA DE JONGO 

Dia 15/1, domingo, das 18h às 19h

Apresentação com o Grupo Filhos da Semente – Indaiatuba / SP
Esta é uma manifestação afro-brasileira do sudeste do país que surgiu na época da escravidão. Também conhecido como caxambu, é um jogo de responsório (com cantos de dizeres e respostas) cheio de metáforas, como estratégia utilizada pelos negros para combinações de festas e também fugas, sem que os donos das fazendas imaginassem o que se cantava ao som do batuque.

PRAÇA CENTRAL
Livre
Grátis – Sem retirada de ingressos.

SUAVE

Dias 27 e 28/1, sexta e sábado, das 20h às 20h50
Dia 29/1, domingo, das 17h às 17h50

SUAVE consegue traduzir com maestria toda a complexidade e inventividade do passinho, assim como sua energia e alegria única, através do refinamento e do fio condutor criado pelo olhar contemporâneo da coreógrafa Alice Ripoll.

“Tudo é uma questão de flow, de manha, não tem o erro, o atraso, o que saiu da linha, porque o que realmente importa é o jeito: como você vibra, como você pulsa, como se move? Se a gente força, não acontece o que era pra acontecer, perde a espontaneidade. Então tenho que fazer outras coisas pra estar trabalhando, não as que eu costumo fazer. Mas criar é mesmo inventar novos modos de criação. Que desafio pode ser maior?”
Ficha Técnica
Direção: Alice Ripoll Interpretação: Gabriel Tiobil, Gbzinho Dançarino Brabo, Kinho JP, Nyandra Fernandes, Pablo Poison,  Rodrigo Ninja, Romulo Galvão, Sanderson Dançarino Brabo, Thamires Candida, VN Dançarino Brabo, Assistência de Direção: Alan Ferreira. Direção Musical de Funk: DjVinimax. Figurino: Paula Stroher. Iluminação: Andrea Capella. Apoio: Em Branco Acervo Contemporâneo. Produção: Entrando na Dança 2014. Coprodução: Festival Panorama 2014 / Cariocas na Cidade das Artes. Gestão de Produção: Trio Carioca Produções. Produtor: Rafael Fernandes.
Duração: 50 minutos

SALA  ESPETÁCULO II
Não recomendado para menores de 12 anos
Ingresso – R$20,00 / R$10,00 / R$6,00

OFICINA DE PASSINHO, com Suave

Dia 28/1, sábado, das 15h às 18h30

Os dançarinos do espetáculo SUAVE oferecem oficina de Passinho para público de todas as idades. O Passinho atualmente é uma explosão cultural na cidade do Rio de Janeiro, dos vídeos postados no Youtube, das Batalhas, das Dancinhas e do sucesso pop do grupo Dreamteam do Passinho. Oriundo do funk carioca, o estilo pode ser considerado um dos primeiros estilos de dança urbana, genuinamente brasileiro. Ele surgiu em comunidades carentes na atual conjuntura pós-UPP, com a democratização ao acesso à internet e dos smartphones. O passinho é antropofágico, se apropria de diversos estilos (frevo, samba, hip-hop, gay dance style) para compor seu repertório de movimento e utiliza as ferramentas digitais de uma forma única e própria para sua disseminação.

30 vagas
Público: interessados em geral.
Inscrições: até dia 24 de janeiro, por meio de envio de currículo resumido para [email protected]
Os candidatos selecionados serão avisados por e-mail até 26/01.

SALA ESPETÁCULO II
Livre
Grátis

JOGUE ESSE JONGO

Dia 29/1, domingo, das 14h30 às 16h30

Troca de saberes e Vivência com a Comunidade Jongo Dito Ribeiro
Jongo ou Caxambu é uma forma de expressão que integra percussão de tambores, canto e dança de diversas formas e, dependendo da comunidade que o pratica, assegura a diversidade, a valorização dos enigmas cantados e o elemento coreográfico.
Nesta vivência os participantes podem conhecer a história desta dança e o trabalho realizado na comunidade Dito Ribeiro em Campinas / SP.

EXPRESSÃO CORPORAL 2
Livre
Grátis – Entrega de senhas no local com 30 minutos de antecedência

JONGO

Dia 29/1, domingo, das 18h às 19h

Apresentação com a Comunidade Jongo Dito Ribeiro – Campinas / SP
Considerado um dos precursores do samba, o jongo é composto por elementos de dança, canto e percussão de tambores. Sempre propiciou a transmissão dos saberes entre gerações e hoje está nas periferias urbanas e em algumas comunidades rurais do sudeste brasileiro. Em 2005, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) reconheceu o Jongo do Sudeste como patrimônio cultural brasileiro de natureza imaterial.

PRAÇA CENTRAL
Livre
Grátis – Sem retirada de ingressos

LITERATURA

ENCONTRO DE PARTILHAS: Histórias, Livros e Jogos, com Coletivo Cafuzas

Dias 7, 14, 21, 28, 4, 11, 18, 25/2, sábados, das 14h às 16h
Dias 8, 15, 22, 29, 5, 12, 19, 26/2, domingos, das 14h as 16h
Dia 25, quarta, das 14h as 16h
Dia 27, segunda, das 14h as 16h
Dia 28, terça, das 14h as 16h

Encontros voltados para o público infantil e seus responsáveis, que secaracteriza pela partilha de narrativas e jogos relativas às culturas indígenas, africanas e afro-brasileiras, com mediação de leitura de livros dentro dessas temáticas. Assim, as rodas irão propor um diálogo entre duas formas de transmissão de saberes, a tradição oral e a cultura escrita. Trata-se de uma ação voltada para a difusão de conhecimentos desses universos culturais em que todos estão convidados a aprenderem experiência.

BIBLIOTECA/LEITURA
Livre
Grátis – Sem retirada de ingressos

A VALORIZAÇÃO DA ORALIDADE NAS CULTURAS AFRICANAS E AFRO-BRASILEIRA, com Kiusam de Oliveira

Dias 11 e 13/1, quarta e sexta, das 10h30 às 13h30

Oficina que pretende ressaltar o valor e lugar da voz e a transmissão dos saberes ancestrais africanos, vozes femininas e masculinas, papeis, o corpo e a corporeidade, refletir sobre aspectos fundamentais das contações de histórias de modo tradicional bem (com corpo e voz como instrumentos e os próprios instrumentos na contação) como diferenciar griots e contadores de histórias.

OFICINA III
Não recomendado para menores de 14 anos
Grátis – Início das inscrições: dia 05/01 (quinta) pessoalmente, a partir das 14h, no 1º pavimento.

SARAU DA KAMBINDA

Dia 11/1, quarta, das 20h às 22h

O Sarau da Kambinda traz a artista Raquel Trindade a kambinda, comendadora do Brasil na área cultural, em um bate papo com sua família evidenciando o Legado de Solano Trindade, com muitas histórias, poesias e música. Junto com Raquel Trindade estão seu filho Vitor da Trindade e seus netos Zinho Trindade, Marcelo Tomé, Manoel Trindade e Maria da Trindade transmitindo saberes, a beleza e o encanto da cultura afro-brasileira e muita alegria.

COMEDORIA/APRESENTAÇÃO
Não recomendado para menores de 16 anos
Grátis – Sem retirada de ingressos.

AS VOZES ANCESTRAIS QUE CARREGAMOS E CONTAÇÕES DE HISTÓRIAS, com Kiusam de Oliveira

Dia 14/1, sábado, das 11h às 15h

Ação focada no público adulto, feminino e masculino, destacando histórias com personagens femininos fortes e que pertencem à mitologia africana revelando outras formas de ser mulher e que se contrapõem à realeza apresentada nos contos de fadas europeus tão conhecidos no Brasil. Após cada história, uma discussão/reflexão sobre o conteúdo dela, seus aspectos psicológicos que focam as relações entre gêneros e as formas de violências contra a mulher.

OFICINA III
Grátis – Início das inscrições: dia 05/01 (quinta) pessoalmente, a partir das 14h, no 1º pavimento.

PRETAS PERI

Dia 18/1, quarta, das 20h às 22h

Pretas Peri é um coletivo de Mulheres pretas que desenvolvem diversas ações na periferia de São Paulo como oficinas, debates e mostra artística.
A principal ação é o Sarau Pretas Peri que acontece todo último domingo do mês no Itaim paulista, zona leste, com microfone aberto para intervenções artísticas e tem como proposta valorizar e fortalecer a arte periférica, em cada sarau é convidada artistas de diversas áreas de atuação para pautar questões como machismo, racismo e compartilhar sua poesia no encontro. O sarau é idealizado pela atriz e poeta Jô Freitas e conta com as artistas residentes, a dançarina Juliana de Jesus, atriz e poeta Tayla Fernandes e a pedagoga Janaina Cintia.

COMEDORIA/APRESENTAÇÃO
Não recomendado para menores de 16 anos
Grátis – Sem retirada de ingressos.

TEATRO

NAMÍBIA, NÃO!,direção Geral de Lázaro Ramos

De 13 a 22/1, sextas e sábados, das 21h30 as 22h40
domingos, das 18h30 as 19h40

Em 2016, o governo brasileiro decretou uma Medida Provisória obrigando que todos os de ‘melanina acentuada’ sejam capturados e enviados imediatamente à África, provocando, em pleno século XXI, o revés da diáspora vivida pelo povo africano do Brasil escravocrata. A medida é uma ação de reparação social aos danos causados pela União. Mas, para não incorrer no crime de “Invasão a Domicílio”, eles só podem ser capturados na rua. Assim, André e Antônio passam o dia trancados no apartamento, debatendo as questões sociais e econômicas da vida atual, seus anseios pessoais e as consequências de um iminente retorno à África-mãe.

Direção: Lázaro Ramos. Texto: Aldri Anunciação. Elenco: Fernando Santana e Aldri Anunciação.  Light Designer: Jorginho de Carvalho. Adaptador De Luz / Operação De Luz: Thatielly Pereira. Cenário: Rodrigo Frota. Cenotécnico/Contrarregra: Rayner Basílio. Figurino: Diana Moreira. Sonorização/Operação De Som: Raif. Vídeo Visagista/Operador De Vídeo: Maicon Brasil. Produção Executiva: Leonel Henckes. Coordenação De Produção: Aldri Anunciação. Produção: Melanina Acentuada Produções.

SALA ESPETÁCULO I
Não recomendado para menores de 12 anos
Ingresso – R$20,00 / R$10,00 / R$6,00

SANGOMA, com Capulanas Cia de Arte Negra

Dias 27 e 28/1, sexta e sábado, das 21h30 às 23h

O espetáculo narra a história de seis mulheres Sangomas que habitam uma casa sagrada com laços ancestrais. Estas mulheres romperam o silêncio e compartilham suas histórias de vida e seus caminhos para chegar à cura. Direção: Kleber Lourenço. Direção Musical: Naruna Costa. Textos: Cidinha da Silva e Capulanas. Elenco: Adriana Paixão, Carol Ewaci Rocha, Débora Marçal, Flávia Rosa, Priscila Obaci, Rosse de Oyá.

A Cia Capulanas (capulana é aquele tecido africano usado para carregar crianças de colo) é formada por mulheres negras que tratam das problemáticas que envolvem ser negra no Brasil. Como, por exemplo, padrões de beleza, de relacionamento e de comportamento.

SALAESPETÁCULO I
Não recomendado para menores de 12 anos
Ingresso – R$20,00 / R$10,00 / R$6,00

TECNOLOGIAS E ARTES

IMERSÃO NO CIBERTERREIRO, com Gil Amâncio e Gabriela Guerra (NEGA – Núcleo Experimental de Arte Negra e Tecnologia)

De 31/1 a 3/2, terça a sexta, das 19h as 22h
Dias 4 e 5/2, sábado e domingo, das 14h as 18h

A oficina propõe a imersão num ambiente intermídia tendo como base os procedimentos das artes e culturas que emergem no Atlântico Negro e seu diálogo com as tecnologias digitais de som e imagem. O objetivo é compartilhar com os participantes os processos de criação do Coletivo Black Horizonte e experimentar, a partir de exercícios de improvisação, a criação de narrativas sonoras, visuais e coreográficas.

ETA
Não recomendado para menores de 16 anos
Grátis – Início das inscrições: dia 05/01 (quinta) pessoalmente, a partir das 14h, no 1º pavimento.

M O T U M B Á – Memórias e Existências Negras
Data: 
Até março de 2017
Local: Sesc Belenzinho
Endereço: Rua Padre Adelino, 1000, Belenzinho, São Paulo (SP)
Mais informações: (11) 2076-9700 ou  www.sescsp.org.br/belenzinho e http://www.sescsp.org.br/programacao/107905_M+O+T+U+M+B+A++MEMORIAS+E+EXISTENCIAS+NEGRAS#/content=programacao
Agendamento de grupos: pelo email [email protected]  ou (11) 2076-9704. Atendimento das 10h às 17h.
Estacionamento: Credencial Plena – Primeira hora: R$ 4,50. Adicional por hora: R$ 1,50.
Outros – Primeira hora: R$ 10,00. Adicional por hora: R$ 2,50. Preço promocional para espetáculos – Credencial Plena:  R$ 5,50. Outros: 11,00.

 

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