O movimento de luta pelos direitos civis nos Estados Unidos nos anos 1960 deixou marcas profundas não apenas na sociedade americana, mas também na produção artística da época.
Essa relação é tema de uma exposição itinerante que vai percorrer diversas cidades americanas para marcar os 50 anos da Lei dos Direitos Civis de 1964, que proibiu a discriminação racial e pôs fim à segregação em escolas e outros locais públicos.
Em cartaz no Brooklyn Museum, em Nova York, a mostra Witness: Art and Civil Rights in the Sixties (“Testemunha: Arte e Direitos Civis nos anos 60”, em tradução livre) reúne mais de cem obras de 66 artistas que retratam desde os eventos que precederam esse momento histórico até as consequências da legislação.
“Esta exposição explora como pintura, escultura, artes gráficas e fotografia não apenas responderam à agitação política e social da época, mas também ajudaram a influenciar seus rumos”, diz a curadora da mostra, Teresa Carbone.
“É um esforço para recuperar um aspecto vital da arte americana dos anos 1960 que há muito tempo vem sendo marginalizado ou ignorado”, afirma.
Organizada ao redor de diferentes temas, que vão desde integração e educação até a politização da Arte Pop e o movimento “Black is Beautiful”, a mostra leva o visitante a mergulhar nos acontecimentos muita vezes dramáticos do período, ao som de uma trilha sonora que inclui clássicos que marcaram o movimento, como Bob Dylan cantando The Times They Are a-Changin’ e um vídeo de Nina Simone interpretando Mississippi Goddam em 1965.
A exposição fica em cartaz no Brooklyn Museum até 6 de julho, antes de iniciar seu roteiro por outras cidades do país.