Mulher chama policial de “preto safado” em fila de banco e é presa por racismo

Desconcertada a mulher tentou argumentar dizendo que tem problemas mentais.

Por Diogenes Matos, do Bahia no ar 

Um fato não muito raro de se ver, mesmo em pleno século XXI é o racismo. Fato esse ocorreu em pleno bairro de Itinga, em Lauro de Freitas, nesta terça-feira (15), quando o policial militar Welder de Jesus estava à paisana em uma fila de banco.

Em um relato emocionado em uma página no Facebook o policial relata que estava em uma fila de banco (agência não identificada pelo policial), quando um segurança tentou reorganizar a fila. Nesse momento, segundo relato, uma senhora, de nome não divulgado, atravessou na frente do policial que logo afirmou que ela não estava na frente dele antes.

Ela não gostou de ser chamada atenção e prontamente teria chamado o policial de “preto safado”. Nisso o policial deu voz de prisão. Desconcertada a mulher tentou argumentar dizendo que tem problemas mentais e foi conduzida para a delegacia de Itinga, onde encontra-se presa.

Leia o relato do policial:

“Caros amigos é com total desprazer que venho compartilha essa situação da qual sofrir hoje, em pleno século 21 as pessoas esqueceram que não importa a cor da pele e sim o ser humano que a veste! Hoje fui ao banco e me deparei com uma fila para atendimento, peguei o meu lugar na fila e estava aguardando a minha vez, momento esse em que o segurança tentou reorganizar a fila, logo essa senhora tentou furar a fila logo na minha frete, sinalizei a ela que ela não estava ali na quela posição da fila ela não gostou e me chamou de PRETO SAFADO eu imediatamente dei voz de prisão a ela chamei uma viatura de apoio e a conduzir pra delegacia de Itinga onde a mesma encontra se presa! Nunca deixem alguém desfazer de você por causa da cor da sua pele,religião ou opção sexual, eu estou de alma lavada, quando me identifiquei com policial até maluca ela falou que era e disse agora é tarde, sair do banco com ela imobilizada e a coloquei no fundo da viatura no xadrez e o local de pessoas preconceituosas. Sou preto até o osso!”
(Welder de Jesus PM)

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