Uma mulher de 45 anos foi presa suspeita de injúria racial após impedir um homem negro de entrar em uma lanchonete, na manhã desta quarta-feira (27), na rua Guaicurus, no Centro de Belo Horizonte.
A vítima, de 32 anos, trabalha como porteiro em um hotel ao lado da lanchonete e disse ao g1 que por volta das 9h30, desta quarta, ao entrar no estabelecimento foi abordado por uma mulher.
“Tinha uma mulher consumindo bebida alcoólica. Quando cheguei, ela me chamou de filha da puta, negro, disse que minha cor não me permite entrar no estabelecimento, e que eu não ganhava R$ 20, que ela ganha melhor que eu”, disse ele.
Ele contou ainda que a suspeita continuou no local mesmo após ele e testemunhas acionarem a Guarda Municipal.
A vítima lamentou que não é a primeira vez que ele sofre ataques racistas.
“Eu já sofri isso antes. Trabalhava como frentista num posto na Nossa Senhora do Carmo. Sofri isso lá também. Na época deixei pra lá, mas isso dói na gente né, amo minha cor”, conta o porteiro.
De acordo com os agentes da Guarda Municipal, após os xingamentos, o porteiro e a suspeita foram encaminhados para a Central de Flagrantes II da Polícia Civil (Ceflan II), no bairro Santa Tereza, na Região Leste de BH, onde prestaram depoimento.
Em nota, a Polícia Civil informou que “autuou a suspeita, de 45 anos, por injúria qualificada. A investigação prossegue para apurar o que foi narrado na notícia crime e o procedimento, assim que concluído, será remetido à Justiça”.